Carminho, que este ano lançou o álbum "Canto", vai atuar na Fortaleza do Monte, património da UNESCO, a 15 de outubro, anunciou hoje o Instituto Cultural de Macau.
A fadista, que em 2013 foi premiada nos Globos de Ouro como "melhor intérprete individual" e com o prémio Carlos Paredes, será acompanhada em Macau por Luís Guerreiro na guitarra portuguesa, Flávio Cardoso na viola, Marino de Freitas no baixo, Ivo Costa na bateria e Rúben Alves no teclado.
Já o pianista Adriano Jordão, que foi o primeiro diretor artístico do FIMM, que este ano celebra o trigésimo aniversário, apresenta "Reencontro" no Teatro Dom Pedro V, também património da humanidade da UNESCO, a 21 de outubro.
Segundo o programa, o repertório do pianista português será composto por obras clássicas de compositores alemães e austríacos, incluindo uma sonata para piano de Haydn, variações sobre "God Save the King" de Beethoven e as peças Kreisleriana e Arabeske de Schumman.
O pianista selecionou ainda a obra Cinco Prelúdios, do compositor português do século XX Armando Fernandes.
O XXX FIMM inclui 20 espetáculos, num total de 27 atuações. Além de Portugal, chegam a Macau artistas e grupos da Rússia, Estados Unidos da América, Alemanha, França, Reino Unido, Mongólia, interior da China, Hong Kong e Taiwan e são apresentadas produções locais.
O festival, dedicado ao tema "Gloriosos 30 - As sino-rapsódias", abre com uma produção própria, com a ópera em três atos de Giacomo Puccini, sobre o romance entre a princesa chinesa Turandot e Calaf, príncipe da Tartária.
Para assinalar os 400 anos da morte do dramaturgo Tang Xianzu, o festival produziu a primeira obra de câmara original de Macau intitulada "Sonho de um Aroma", adaptada a partir da viagem de Tang à cidade em 1591.
Destaque também para o concerto de encerramento, "Chaplin Outra Vez", em que o compositor norte-americano Timothy Brock vai dirigir a Orquestra de Macau "no acompanhamento ao vivo dos filmes do génio humorístico do cinema mudo", num espetáculo num parque da cidade.
No programa também há jazz e cinema. Paralelamente aos concertos, estão programadas atividades que incluem ‘master classes', uma delas orientada no Conservatório de Macau pelo pianista Adriano Jordão.
Outro destaque deste ano é a realização de um fórum de dois dias, a 30 de setembro e 01 de outubro, em que especialistas e programadores de festivais de todo o mundo vão partilhar experiências sobre a organização destes eventos.
Na apresentação à imprensa, o presidente do Instituto Cultural de Macau, Ung Vai Meng, disse que o FIMM "é um dos festivais mais antigos da Ásia" e que tem contribuído para elevar o nível cultural da cidade.
"É muito importante para a imagem de Macau", disse, salientando a importância da cultura numa cidade "muito rica".
O FIMM tem um orçamento de 38 milhões de patacas (4,2 milhões de euros).
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