"Quando o Sol Sumir" é uma composição de Bemti em parceria com a também mineira Roberta Campos e conta com a presença de Helio Flanders (Vanguart) no trompete.

"A letra é um romance com contornos apocalípticos que brinca com a dualidade do ‘sol sumir’ ser um simples pôr do sol ou um evento cataclísmico. O arranjo começa com um jogo delicado entre o piano de cauda e a viola caipira de dez cordas tocada por mim, até chegar em uma sonoridade inspirada por artistas como Bon Iver, Baleia, Mew e Sigur Rós", frisa o músico.

Em comunicado, o artista fala ainda sobre a sua relação com Portugal: "Acredito que o maior vínculo que me ‘puxa’ até Portugal seja o meu instrumento principal ser a viola caipira de dez cordas. A viola caipira surgiu no Brasil a partir da guitarra portuguesa, quando a guitarra (que era um instrumento urbano no Brasil) foi ‘jogada’ para o interior nos séculos XVIII e XIX. É um movimento interessante levar o ‘filho pródigo’ de volta com essa abordagem inédita".

Fernanda Takai conta ainda que conheceu Bemti há cinco anos. "Recebi o Bemti no palco para realizar o desejo dele de tocar viola caipira comigo. Foi uma brincadeira de ‘gênia da lâmpada’ num dos últimos concertos da digressão 'Na Medida do Impossível' (no Teatro Porto Seguro em São Paulo), e ele teve que disputar com um monte de outros pedidos originais", revela.

Além de Fernanda Takai, o disco conta com participações especiais de Jaloo, Josyara, do artista português Murais e do duo ÀVUÀ.