No dia das eleições nos EUA, o realizador norte-americano Vincent Gallo partilhou um texto nas redes sociais a apoiar a reeleição de Donald Trump com um lamento que está a dar que falar: o das mulheres terem direito a votar.

"Há 16 anos que recuso quase todos os pedidos de entrevistas, aparições públicas e a distribuição do meu trabalho. Tentei dar o meu melhor para evitar o espetáculo de palhaços que são as redes sociais. A única razão para ter decidido estar aqui no Instagram é apoiar o presidente Donald Trump e lutar contra os mutantes que se lhe opõem. Rezo para que ele ganhe. Não sinto que qualquer pessoa no nosso governo tenha amado mais a América do que Donald Trump. Tem sido incrível tê-lo como nosso presidente e espero por Deus que ele seja reeleito", escreveu.

E continua: "Conceder às mulheres o direito de votar foi um erro, e esse erro está mais claro agora do que nunca. Permitir que qualquer cidadão que não paga impostos tenha o direito de votar não faz qualquer sentido. Isto não tem a intenção de ser provocador. Isto é simplesmente o que eu acredito".

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Com 59 anos e auto proclamado "radical extremamente conservador", Vincent Gallo tem um currículo longo de polémicas.

Realizador e ator desde a década de 1980, Gallo começou com pequenos papéis em vários filmes importantes, nomeadamente "Tudo Bons Rapazes" (1990), de Martin Scorsese, mas é principalmente conhecido no circuito do cinema independente norte americano, onde foi aclamado como um talento a seguir graças a "Buffalo '66", de 1998, onde contracenava com Christina Ricci e Ben Gazzara.

Em 2003, chocou o Festival de Cannes de 2003 com "The Brown Bunny", que recebeu muita atenção mediática por causa de uma cena a sério de sexo oral da atriz Chloë Sevigny ao ator e realizador.

Na altura, ficou famosa a troca de insultos com Roger Ebert quando o famoso crítico de cinema declarou que se tratava do pior filme na história do festival.

Mais tarde, os dois fizeram as pazes e o crítico deu uma classificação positiva a uma nova versão reeditada do filme.

Vincent Gallo pareceu relançar a carreira com"Tetro" (2009), de Francis Ford Coppola, e "Essential Killing - Matar para Viver" (2010), de Jerzy Skolimowski, com o qual ganhou o prémio de Melhor Ator do Festival de Veneza (recusou comparecer à cerimónia), mas subsequentemente os trabalhos à frente e atrás das câmaras tornaram-se esporádicos.

Ausente da vida pública há vários anos, Vincent Gallo vende os seus trabalhos artísticos online, mas não só: em 2013, anunciou na secção de "Personal Services" [Serviços Pessoais] do seu site "Vincent Gallo Merchandise" que estava disponível para realizar as fantasias de todas as mulheres que pagassem a "modesta taxa de 50 mil dólares", desde que fossem "naturalmente nascidas".

Outro serviço pessoal disponível era para as fãs que quisessem ter um filho: o esperma de Vincent Gallo também estava disponível para venda por um milhão de dólares.

Segundo o anúncio, "o preço inclui todos os custos relacionados com uma tentativa de fertilização in vitro".