Trata-se de uma coprodução com o Teatro de Vila Real, inspirada em factos e que faz uma viagem aos anos 80 do século passado para descobrir a história de operários que queriam fazer teatro.

A companhia sediada em Vila Real disse, em comunicado, que "A peça em 4 turnos" faz uma homenagem a todos os que fazem teatro, em especial aos atores amadores.

O espaço de ação escolhido é Vale de Saramagos, 1984, um lugar imaginário onde os operários Arantxa, Lurdinhas, Amaral, Quim e Fonseca decidem formar um grupo de teatro amador porque no teatro podem ser o que quiserem.

“A possibilidade de, facilmente, serem médicos, banqueiros, advogados, engenheiros, mas, mais do que isso, patrões. Patrões: aqueles que nunca tiveram de espetar um prego, nunca suaram uma camisola ou que nunca tiveram de acordar às quatro da manhã para trabalhar”, salientou a companhia.

A Peripécia sublinhou ainda que esta peça é também, um “‘grito’ de revolta contra os patrões, após a morte de Amaral, o líder do grupo, num acidente na fábrica onde trabalhavam”.

O espetáculo resulta de um ciclo programático da Peripécia Teatro, que teve início em outubro com a apresentação do documentário “Operário Amador”.

A companhia explicou que o trabalho de pesquisa para este filme, que teve por base a memória de alguns operários têxteis que fundaram O Teatro Construção, uma companhia de teatro que nasceu no coração do Vale do Ave, serviu de inspiração para a criação de “A peça em 4 turnos”.

O espetáculo tem estreia marcada para o dia 5 de maio, no Teatro Municipal de Vila Real, e repete no dia 6.

A Peripécia foi fundada em 2004 e, em 2007, instalou-se numa antiga escola primária da aldeia de Coêdo, no concelho de Vila Real.

No seu portefólio, a companhia possui ainda peças como "Vincent, Van e Gogh", "1325", "Novecentos - o pianista do oceano", "A cores", "Sou do tamanho do que vejo", "13", “Fardo, “O ensaio dos abutres” ou “Icebergue – o último espetáculo”.

Impulsiona ainda o projeto “Conto Contigo”, que se traduz em sessões de contos para o público, em Sabrosa, e a iniciativa “Lua Cheia – Arte na Aldeia”, em Coêdo, que coloca a arte em diálogo com a comunidade rural.

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