“A Queda de P. Diddy”, mais uma série documental sobre o famoso rapper americano que será julgado na primavera por um vasto caso de tráfico sexual, será exibida a partir de 27 de janeiro nos EUA (28 em Portugal) na plataforma Max, foi anunciado na sexta-feira.

O trabalho dividido em duas partes e exibido em duas consecutivos pretende explorar “em profundidade as alegações contundentes que cercam a carreira” da grande estrela presa que proclama a sua inocência, após uma “investigação que se estende por várias décadas” baseada em “testemunhos inéditos e imagens de arquivo nunca antes reveladas”.

Os produtores de “A Queda de P. Diddy” dizem ter “30 entrevistas com um vasto leque de testemunhos”, que vão “desde aqueles que o acusam de abusos até antigos amigos e colegas, incluindo funcionários que trabalhavam na sua casa”.

Figura influente do hip-hop e da indústria musical, de nome verdadeiro Sean Combs, 55 anos, chamado P. Diddy mas também Diddy ou Puff Daddy, o seu julgamento é esperado a partir de 5 de maio em Nova Iorque por tráfico para exploração sexual, extorsão e transporte de pessoas para prostituição. Todas acusações de que se declarou inocente. Enfrenta prisão perpétua e uma nova audiência processual foi marcada para 17 de março.

Também alvo de queixas civis de mais de 120 alegadas vítimas, o rapper é acusado pela justiça de ter colocado o seu “império” ao serviço de um violento sistema de tráfico sexual.

Artista conhecido por dar grandes festas nas décadas de 1990 e 2000, ele é hoje descrito pelas suas alegadas vítimas como um predador sexualmente violento que usava álcool e drogas para obter a sua submissão.

Com a sua editora Bad Boy Records, fundada em 1993, Sean Combs lançou as carreiras de Notorious B.I.G., ícone do rap assassinado em 1997, e da cantora Mary J. Blige.

Em dezembro, o caso teve um novo capítulo quando Jay-Z, outra estrela e produtor de hip-hop que agora dirige um império do entretenimento, foi acusado numa queixa civil de violar uma adolescente de 13 anos com P. Diddy em 2000.

Jay-Z negou as acusações e contra-atacou, garantindo que o advogado da vítima tentou extorquir-lhe dinheiro antes de apresentar queixa.