"O que presenciei foi muito ódio gratuito e muita grosseria racista", disse o artista de 52 anos num vídeo publicado no Instagram, no qual relata o ocorrido durante um concerto num clube privado da capital gaúcha na última sexta-feira, dia 14.
"Quando chegou o final do concerto, saí do palco. Quando cheguei atrás do palco, comecei a ouvir muitas vaias e 'xingamentos'. E logo, por conta disso, percebi que não seria possível voltar para fazer o famoso bis", acrescentou o cantor, vencedor de três Grammys Latinos.
A delegada Andrea Mattos, da Polícia Civil de Porto Alegre, confirmou à AFP que uma investigação foi aberta.
Segundo a delegada, nos vídeos filmados durante o concerto é possível ouvir insultos racistas, como pessoas a chamar o cantor de "macaco" e imitando o som do animal.
Seu Jorge explicou que o concerto fazia parte de uma "jantar de gala reservado aos sócios do clube" e que não viu "nenhuma pessoa negra" entre os convidados.
Após o relato, o cantor recebeu o apoio de personalidades como as cantoras Daniela Mercury e Marisa Monte e o jogador de futebol Dani Alves. "Precisamos de juntar as nossas forças para educar e posicionar o nosso povo no seu devido lugar", publicou Alves no Instagram.
"O que aconteceu com o nosso Seu Jorge acontece todos os dias com milhares de negros e negras. Um lado do Brasil permanece racista e cruel", lamentou a cantora Paula Lima.
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