O cantor e compositor britânico Rod Stewart, famoso por sucessos como "Maggie May", é o membro mais recente do clube de artistas que venderam os direitos das suas músicas, informou esta quinta-feira (15) o The Wall Street Journal (WSJ).

O jornal publicou que o Iconic Artist Group, de Irving Azoff, adquiriu os direitos de Stewart sobre o seu catálogo musical, gravações e imagem por uma quantia próxima de 100 milhões de dólares (cerca de 92,9 milhões de euros, à cotação do dia).

A notícia vem menos de uma semana depois de a Sony fechar um acordo para adquirir metade do catálogo musical e das gravações de Michael Jackson.

Poucos detalhes são conhecidos sobre a transação do catálogo do Rei do Pop, mas segundo a Billboard e o The New York Times, trata-se da maior valoração de ativos para um único músico.

O Times, citando fontes a par do acordo, disse que os ativos de Jackson estariam avaliados em 1,2 mil milhões de dólares (1,11 mil milhões de euros). Com isso, a Billboard calcula que a Sony tenha pago pelo menos 600 milhões de dólares (557,2 milhões de euros).

Nos últimos anos, os direitos sobre as músicas têm vindo a tornar-se um mercado atraente após uma série de artistas terem beneficiado com a venda dos seus catálogos, como Bob Dylan, Bruce Springsteen, Stevie Nicks e Neil Young.

Os acordos de Jackson e Stewart dão pistas de que o mercado de aquisição de catálogos está a florescer novamente após um período de arrefecimento.

Segundo o WSJ, o Iconic de Azoff arrecadou mais de mil milhões de dólares numa nova capitalização para aquisições deste tipo.

Os catálogos de música atraem investidores por serem considerados ativos com valor a longo prazo na era do streaming.

Os proprietários dos direitos editoriais de uma música recebem dinheiro da reprodução e transmissão por rádio, da venda de álbuns e do seu uso em publicidade ou filmes. Os direitos de gravação entregam a propriedade sobre a reprodução e distribuição.