«Porque este ano estamos a celebrar os Estados Unidos na Casa da Música pareceu-nos que fazia todo o sentido que o ciclo se centrasse nos grandes movimentos de vanguarda da música americana, especificamente na Escola de Nova Iorque», explicou o diretor artístico.

Assim, «Música&Revolução» reunirá «grandes compositores do pós-guerra», especialmente Edgard Varèse, responsável pela «obra épica» Amériques, que terá estreia em Portugal na versão original de 1922, aquela que reúne mais de 140 músicos em palco, a 30 de Abril, num concerto em parceria entre o Remix Ensemble e a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.

«Será um dos momentos altos da nossa programação este ano», assumiu o diretor artístico da instituição portuense.

Entre 25 e 30 de Abril, poderão ser ouvidas na Casa da Música composições de John Cage, Frank Zappa e Morton Feldon, como exemplo daquilo que António Jorge Pacheco definiu como a “relação descomplexada” que a Escola de Nova Iorque estabeleceu entre vários tipos de música.

Nos Concertos de Páscoa, o destaque vai para o momento inaugural, agendado para dia 16 de Abril, em que a Orquestra, sob a direção de Christoph König, interpretará «Portrait Wolfgang Rihm V», em homenagem ao compositor em residência deste ano, e para o momento final.

A 21 de Abril, a Orquestra Barroca e o Coro da Casa da Música propõem um programa que reúne obras dos compositores portugueses mais importantes do período Barroco, nomeadamente Pedro António Avondano, Carlos Seixas, Pêro de Gambôa e Duarte Lobo.

Nos ciclos habituais da instituição, António Jorge Pacheco realçou a «programação de luxo do jazz», com a Casa da Música a receber Sara Serpa «uma grande promessa do jazz português», a 5 de Abril, «a chuva de estrelas» do Overtone Quartet quatro dias depois, «a voz extraordinária de Patricia Barber, a 23, e Ken Vandermark, «destacado como uma das figuras do jazz este ano», a 22 de Maio.

No ciclo de Piano, a Casa abre as portas a Grigori Sokolov, «para muitos um dos grandes pianistas da atualidade», a 13 de Abril, e tem a «honra» de receber o regresso de Steve Reich, que está de volta ao Porto cinco anos depois de ter estado na instituição pela primeira vez, para um concerto e uma palestra no dia 10 de maio.

O diretor artístico referiu ainda que o mês de Junho vai englobar este ano o programa do «Verão na casa», que terá «um modelo bem diferente daquele que teve até agora» e que será apresentado posteriormente.

@Lusa