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São jovens, adoram música e proclamam a sua oposição ao "autoritarismo" do presidente russo, Vladimir Putin. A atitude valeu à banda, Pussy Riot, uma notoriedade repentina... e dois anos de detenção às suas integrantes por "vandalismo". Nadejda Tolokonikova, Yekaterina Samutsevich e Maria Alejina foram declaradas culpadas, a 17 de agosto, de "vandalismo" e incitação ao ódio religioso por terem entoado, encapuzadas e acompanhadas de guitarras, uma "oração punk" contra Putin, em fevereiro, na catedral do Cristo Salvador, em Moscovo. Até esse momento, poucos tinham ouvido falar delas. Nadejda Tolokonikova, 22 anos Nadejda Tolokonikova também integra, ao lado do marido Piotr Verzilov, o grupo rebelde Voina, e participou em várias das suas performances provocadoras, como o desenho de um falo gigante em 2011 em frente à sede do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB), numa ponte de São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia. Em 2008, Tolokonikova, grávida de nove meses, posou nua num museu de Moscvo com uma postura sugestiva, ao lado do marido, para protestar contra a eleição do presidente Dmitri Medvedev, afilhado político de Putin. A performance foi intitulada "Nascimento de um ursinho", numa alusão ao futuro presidente ("Medvev" significa "urso" em russo). Tolokonikova participou ainda em diversas manifestações contra o governo Putin e a favor dos direitos dos homossexuais. Nascida em Norilsk, cidade industrial do grande norte russo, estudou filosofia na prestigiada Universidade Estatal de Moscovo. Afirma sentir-se atraída por "situações extremas" desde a infância. Tolokonikova tem um ídolo: Hera, a sua filha de 4 anos, batizada em homenagem à esposa de Zeus para que saiba "defender-se dos seus inimigos", como fazia essa deusa da mitologia grega, segundo contam os seus amigos. Maria Alejina, 24 anos Maria Alejina é uma militante ecologista. Nascida em Moscovo, ficou conhecida pelas suas ações em defesa do lago Baikal (na Sibéria) e contra a destruição da floresta de Jimki, nos arredores da capital. Alejina, de religião ortodoxa, escreve poemas e organiza regularmente, com outras voluntárias, atividades criativas para as crianças internadas num hospital psiquiátrico de Moscovo. Antes de ser detida, estudava na Escola de Jornalismo e Literatura de Moscovo e criava sozinha o filho Philippe, de 5 anos. Yekaterina Samutsevich, 30 anos Yekaterina Samotsevich é a mais velha do grupo. Completou 30 anos a 9 de agosto passado. Formou-se no Instituto de Energia de Moscovo, trabalhou em uma empresa do setor militar, onde se dedicou particularmente à concepção de programas informáticos para o submarino nuclear "Nerpa", mas acabaria por renunciar a a este trabalho para seguir a formação de fotógrafa e de multimédia, de 2007 a 2009. Samutsevich define-se como uma "pintora que faz arte política". Ao lado de Nadejda Tolokonikova, a sua melhor amiga, participou em todas as grandes ações do grupo Voina, como soltar baratas num tribunal de Moscovo em 2010 ou abraçar mulhees polícia no metro da capital em 2011. @SAPO com AFP<

"Free Pussy Riot", a canção de apoio de Peaches à banda russa:
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