O antigo vocalista dos The Smiths dirigiu-se ao líder da Igreja Católica com uma carta na qual "acrescentou a sua voz" à campanha da associação, que já tinha instado o sumo pontífice a condenar as touradas e a realização anual do San Fermín, em Pamplona (Espanha), porque, de acordo com a Peta, têm “raízes católicas”.

O cantor descreveu a capital navarra como “uma orgia de violações e violência alimentada pela bebida que acompanha os touros” e garantiu que só o papa Francisco é capaz de pôr fim a estas “abominações”, depois de confessar ter crescido num ambiente católico.

Morrissey confessou ter crescido numa família católica e ter sido educado segundo os valores da igreja.

O artista britânico lembrou que a escolha do nome papal se refere a São Francisco, padroeiro dos animais e do ambiente, “porque quer fazer da proteção da natureza o seu legado, mas a tortura, o tormento e a matança de touros por desporto vai contra os seus ensinamentos”.

Da mesma forma, o músico de 65 anos comentou que a popularidade do festival tauromáquico caiu no mundo e garantiu que 93% dos jovens entre os 16 e os 24 anos em Espanha afirmaram rejeitar as touradas.

O cantor realçou ainda que países como a Colômbia ou o México proibiram as touradas e fecharam as praças de touros em 2024 e alertou que se a Igreja Católica não mostrar a sua rejeição a esta prática, perderá a sua relevância.

“Como cantei uma vez, todos queremos que o touro sobreviva. E assim será”, concluiu Morrisey na sua carta, pedindo ao pontífice “piedade e bondade” para com os animais.