A mulher do compositor, Vanessa Bell, revelou que Thom Bell morreu na quinta-feira na sua casa em Bellingham, Washington, após uma doença prolongada.

Natural da Jamaica, tendo-se mudado para Filadélfia enquanto criança, Thom Bell inspirou-se nas influências clássicas da sua juventude e nos compositores favoritos, como o vencedor de um Óscar Ennio Morricone, adicionando uma espécie de escala cinematográfica e grandeza às harmonias de estilo gospel dos Spinners, Stylistics ou Delfonics, entre outros grupos.

“Ninguém mais está no meu cérebro além de mim, e é por isso que algumas das coisas em que penso são loucas - ouço oboés e fagotes”, contou em 2020 à recordcollectormag.com.

Bell, muitas vezes em colaboração com a letrista Linda Creed, trabalhou em mais de 30 discos de ouro de 1968 a 1978, enquanto Filadélfia se tornava um centro da ‘soul music’ tanto quanto Detroit e a Motown Records o eram na década de 1960.

Outros sucessos de Bell incluem “La-La (Means I Love You)”, dos Delfonics, “You Make Me Feel Brand New”, dos Stylistics, “Drowning in the Sea of Love”, de Joe Simon, e “Mama Can't Buy You Love”, de Elton John.

Thom Bell conquistou um Grammy de melhor produtor em 1975, mas, em poucos anos, o som de Filadélfia foi superado por outras tendências.

Na década de 1980 surgiram sucessos em menor escala, como "Gonna Take a Miracle", de Deniece Williams, e "I Don't Have the Heart", de James Ingram.

Bell foi introduzido no Songwriters Hall of Fame em 2006 e recebeu um Grammy honorário em 2017.

“Ele é responsável por tudo o que aconteceu comigo na minha carreira. Ajudou-me a conhecer o meu alcance vocal e a melhor forma de cantar uma música”, sublinhou, em 2018, Russell Thompkins Jr., vocalista dos Stylistics.