A cantora Ana Faria morreu este sábado, 18 de agosto, aos 75 anos.
A morte foi anunciada pelo marido da artista, Heduíno Gomes, no Facebook. Na publicação na rede social, acompanhada de uma fotografia do álbum de Ana Faria “Pedaço de Céu” lançado em 1986, pode ler-se: “Ana Faria, Nova Lisboa, 18 de Outubro de 1949-Lisboa, 17 de Agosto de 2024”.
Também através do Facebook, o investigador musical e radialista João Carlos Callixto, recorda a cantora como criadora de projetos “importantíssimos para a educação do gosto de tantas e tantas crianças”.
Ana Faria destacou-se nas décadas de 1980 e 1990 em vários projetos musicais dedicados ao público infanto-juvenil.
Depois de participar no programa "Zip-Zip", em 1969 (onde cantou "Canção de Embalar", de José Afonso, e "Avé Maria do Povo", popularizado por Simone de Oliveira), editou o o primeiro álbum a solo, "Violeta Flor", em 1982, com originais seus, de Heduíno Gomes e de Mário Piçarra.
Ana Faria também integrou o Grupo Decibel e Terra a Terra, dedicados à música tradicional portuguesa, e destacou-se sobretudo nos projetos "Brincando aos Clássicos" (centrado em adaptações de música clássica) e Queijinhos Frescos, com os filhos João, Nuno e Pedro Faria Gomes, nos anos 1980.
Na mesma década esteve na origem dos Onda Choc, banda pop composta por crianças e adolescentes que fez versões em português de êxitos internacionais. O sucesso do projeto manteve-se nos anos 1990.
Ana Faria também formou os grupos Jovens Cantores de Lisboa e Popeline. Editou ainda livros infantis e dedicou-se à pintura e retratos.
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