O festival vai juntar nomes como Mariza, Rodrigo Leão, Lenine, Bonga, Lura, Rivière Noire, Carlos do Carmo, Ana Moura, Camané e Carminho num evento "em honra da cidade de Lisboa e dos artistas da cidade de Lisboa que têm uma ligação com a lusofonia", acrescentou a antiga adida cultural do Instituto Francês em Lisboa.
"Estamos em contagem decrescente. Estamos muito felizes e com vontade de encher o Grand Rex e de ter tanto a comunidade portuguesa como os franceses que querem conhecer a cultura lusófona e juntar-se a nós para esta grande celebração da música portuguesa e lusófona aqui em Paris", descreveu Chloé Siganos.
O objetivo passa também por assinalar o 40º aniversário das independências dos países afro-lusófonos e mostrar Lisboa como uma capital de influências musicais.
"Como são os 40 anos das independências, achámos importante festejar este momento. Os artistas portugueses - mas também de Cabo Verde, Angola ou Brasil que vivem agora em Portugal - têm muita coisa para contar porque a mistura - que podemos sentir nas influências musicais destes artistas todos - vem de África, em grande parte", acrescentou.
O festival começa na sexta-feira subindo ao palco a fadista Mariza, distinguida Artista WOMEX no ano passado, que "há muito tempo não vinha a França e que está a preparar um novo álbum", precisou Chloé Siganos.
A 26 de junho o cartaz conta também com Rodrigo Leão, "um grande embaixador da cultura portuguesa no mundo inteiro" e com uma "ligação ao cinema", descreveu a organizadora, lembrando que o evento decorre numa histórica sala de cinema parisiense, o Grand Rex.
Rodrigo Leão, que vai apresentar "O espírito de um país", foi distinguido no ano passado com o American Film and Television Award da American Society of Composers, Authors and Publishers.
O cartaz de 27 de junho é o centro do "festejo dos países lusófonos" com o brasileiro Lenine, o angolano Bonga, a cabo-verdiana Lura e o trio franco-brasileiro Rivière Noire, cujo álbum homónimo foi premiado como "Melhor Álbum de Músicas do Mundo" nos prémios "Victoires de la Musique" este ano.
A 28 de junho é a vez de Carlos do Carmo, Ana Moura, Camané e Carminho numa "grande festa dedicada ao fado", dois dias depois de Carlos do Carmo receber, no Hôtel de Ville de Paris, a "Grande Médaille de Vermeil" da cidade.
Além do FOLISBOA, Portugal esteve em destaque no mês de junho em Paris com os festivais de teatro, música, dança e cinema "Chantiers d'Europe" e "Parfums de Lisbonne", num sinal de que Portugal "está muito na moda em termos culturais" em França, concedeu Chloé Siganos.
"O público francês também está à espera de ver de outra maneira a cultura portuguesa", sublinhou a programadora cultural, destacando ainda o cinquentenário da delegação francesa da Fundação Calouste Gulbenkian, que está a decorrer e prevê para o próximo ano, por exemplo, uma retrospetiva de Amadeo de Souza-Cardoso no Grand Palais e uma exposição sobre a arquitetura portuguesa na Cité de l'Architecture et du Patrimoine.
@Lusa
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