João Só estreia-se no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no próximo sábado, dia 13 de abril. Para o concerto de celebração dos 15 anos de carreira, o músico convidou Rui Veloso, Miguel Araújo e os Quatro e Meia.

"Quando comecei, acho que o sonho era mais fazer músicas, poder tocar as minhas canções com os meus amigos, e depois ver como é que a coisa andava. Nunca pensei que fosse tão fecundo, com tantas músicas, tantas colaborações, tantos amigos, tantos concertos, tantos discos e tanta coisa. Por isso, acho que o balanço é muito positivo", sublinha João Só em entrevista ao SAPO Mag.

No concerto no Coliseu dos Recreios, o cantor quer celebrar as canções lançadas nos últimos 15 anos e as amizades. "Vou ter convidados de luxo, que não fazem fretes, que estão ali de corpo e alma. Vai ser uma noite de rock'n'roll à antiga, sem grandes truques de magia", adianta.

"Este concerto vai espelhar estes 15 anos e vai ter três gerações completamente diferentes. O Rui, que é o herói e o mais perto que existe de um Beatle, que eu conheço; depois temos o Miguel, que ironicamente fez a primeira parte do primeiro concerto de João e Abandonados, em Lisboa, ainda como Mendes.... vês como as coisas mudam; e depois os Quatro e o Meia, com quem comecei a trabalhar como produtor e ficámos amigos", resume o artista.

João Só estreia-se no Coliseu dos Recreios:
créditos: Ana Marques

Mas resumir 15 anos de canções em apenas um concerto é "tramado", confessa João Só. "Vamos tentar fazer um concerto de best of com algumas coisas novas, mas acho que no final do dia vai ser um concerto com as músicas que as pessoas querem ouvir, outras que foram escolhidas pelos convidados, que também fazem um bocadinho parte do processo de seleção. Depois, tenho uma que foi a minha mulher que escolheu, e que me disse: 'Não podes fazer o Coliseu sem cantar isto'", conta.

Depois do concerto no Coliseu dos Recreios, João Só vai continuar a preparar o novo álbum. "Estou a acabar um disco, que ainda vai sair no final do ano. O disco vai chamar-se 'Nos Tempos Livres', porque é aquilo que consigo fazer nos tempos livres das produções", revela.

"Tenho a maior parte das canções fechadas, mas tenho espaço para novas. É um disco mais cru, mais direto, um bocadinho mais parecido - não no conteúdo, mas talvez na forma - dos meus primeiros discos. Ou seja, é disco em que escrevo, gravo e arrumo as músicas de forma rápida, é disco mais direto. Um bocadinho à imagem das canções tem saído", conta.