Com Jill Lawson ao piano e Pedro Neves na direcção musical, o programa integrará a Sinfonia n.º 6 em Ré maior, Hob. I:6, A manhã e a Sinfonia n.º 45 em Fá sustenido menor, Hob. I:45, Do adeus, ambas de Haydn, e ainda o Concerto para Piano e Orquestra n.º 2 em Si bemol maior, Op. 19, de Beethoven.
A Orquestra Metropolitana de Lisboa actuará na Casa do Povo de Aveiras de Cima, a 5 de Fevereiro, pelas 21h30, e no Teatro Municipal de Almada, às 16h00.
Pouco tempo depois de entrar para a corte do príncipe de Esterháza, Haydn (1732-1809) surpreendeu a cena musical com uma inovadora escrita orquestral, conferindo a cada instrumento um destaque nunca antes visto. Na sinfonia «A Manhã», estreada em 1761, compôs um raro solo para contrabaixo e fagote, entre outros que exigem dos músicos da orquestra a mais ampla demonstração das suas qualidades técnicas.
A relação que Haydn mantinha com os seus músicos foi a partir daí sempre muito próxima. A «Sinfonia do Adeus» foi a voz de protesto para que estes reivindicassem a sua visita às famílias que se encontravam em Viena. No final, cada um apagou uma vela retirando-se sucessivamente do palco, enquanto os restantes continuavam a tocar. No final, o palco ficou vazio.
Já a reputação de Haydn era incontestada quando o jovem Beethoven (1770-1827) se mudou para Viena, no ano de 1792, com a ideia de melhorar junto do mestre os seus conhecimentos musicais. Porém, o virtuosismo ao piano era o seu maior cartão de visita. Este talento não poderia deixar de passar para as obras que escreveu para o instrumento. A composição deste seu segundo concerto para piano faz bem prova disso.
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