“É de facto na sua sustentabilidade que o festival se destaca relativamente a outros, através da implementação de medidas que têm um claro sucesso durante o evento e na sensibilização que faz através da sua programação ecológica”, sublinhou o diretor do Eco Festival Azores Burning Summer, Filipe Tavares.
Em declarações à agência Lusa, Filipe Tavares explicou que foram introduzidas nos últimos anos mais duas metas ambientais, totalizando quatro medidas, nomeadamente desperdício zero, beata zero e ruído visual zero, além do ‘car sharing’ para uma melhor gestão dos parques de estacionamento periféricos do festival e para "a redução da pegada carbónica", pois possibilita a partilha de veículos.
Entre 30 e 31 de agosto a Praia dos Moinhos, no Porto Formoso, concelho da Ribeira Grande, será palco para o festival, o primeiro nos Açores a obter duas certificações internacionais ao nível do contributo para a sustentabilidade, no Iberian Festival Awards.
A organização do festival tem como objetivo evitar o desperdício e promover a alteração de hábitos de consumo, sendo que a maior meta a alcançar é o despertar da consciência ecológica coletiva.
Filipe Tavares assinalou que o Azores Burning Summer "não se cinge apenas à sua programação musical, a 30 e 31 de agosto", já que o evento está distribuído por "quatro momentos".
"Três dos momentos do festival são de acesso gratuito e uma parte do quarto momento também é grátis", acrescentou.
Antes dos concertos que vão decorrer no final de agosto, "em junho e julho já decorreu o programa comunitário de saúde ‘Vive’, na freguesia da Maia, destinado às comunidades rurais do concelho da costa norte da Ribeira Grande", lembrou.
De 12 a 15 de agosto, haverá cinema na praia com a exibição de quatro estreias de filmes de temáticas sociais e ambientais.
O terceiro momento, em 30 e 31 de agosto, será o festival musical na Praia dos Moinhos com acesso gratuito, enquanto que os concertos no parque dos Moinhos são de acesso pago, segundo a Associação Regional para a Promoção e Desenvolvimento do Turismo, Ambiente, Cultura e Saúde, que promove o evento.
Filipe Tavares adiantou ainda à Lusa que a 10.ª edição do festival será assinalada de "uma forma especial", com música, cinema, ‘ecodesign’, veículos elétricos, debates, ‘land art’ e ações comunitárias.
Assim, no primeiro dia (30 de agosto) e noite a programação musical será especialmente dedicada a Cabo Verde, com DJ Narco Paulo, o Moinhos Revival Jam (que junta músicos locais com músicos visitantes) by Jaime Roth, DJ Novo Major, Princezito, DJ Adrian Sherwood acompanhado pelo MC Ghetto Priest, Mayra Andrade, DJ Milhafre, Ferro Gaita e DJ Mesquita & Laura.
No segundo dia e noite irão atuar DJ FLiP, Moinho Revival Jam by Ricardo Reis, DJ Isilda Sanches, Da Chick, DJ Herberto Quaresma, Moullinex, DJ Pedro Tenreiro, Xinobi, DJ Moullinex & Xinobi (back-to-back).
Nesses dois dias, haverá ainda iniciativas para despertar a consciência ecológica coletiva: o Eco Market e a Expo Veículos Elétricos.
Para encerrar a programação musical, o público poderá presenciar a instalação de fogo Burning Love.
O último momento do festival será dedicado às crianças com o programa comunitário HABITAT, com atividades educativas sobre o Mar dos Açores, entre 2 e 4 de setembro, em parceria com o Instituto Okeanos e o Observatório do Mar dos Açores, de acesso gratuito.
"Desenhamos um festival que não é massas. A ideia é adaptar o festival à Praia dos Moinhos, sempre com um sentido de proteção da zona balnear", salientou o diretor do Azores Burning Summer, lembrando que existem parques e um serviço ‘shuttle’ gratuitos.
O passe geral custa 30 euros e o bilhete diário 20 euros até 29 de agosto.
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