De acordo com a programação elaborada pelo Teatro Municipal da Guarda, na abertura, segunda-feira, dia 22, sobem ao palco instalado na Praça Luís de Camões, junto à catedral, os chilenos Newen Afrobeat, guardiães da herança musical do músico nigeriano Fela Kuti.

“Trata-se de uma banda chilena formada em 2009 que combina ritmos afrobeat com elementos da música tradicional latino-americana”, explicou a autarquia da Guarda em nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.

Na terça-feira é a vez de Xurxo Fernandes, oriundo da região da Galiza (Espanha) e considerado “um dos nomes mais conceituados da música tradicional galega”.

“Compositor, cantor e percussionista de grande talento e criatividade, Xurxo tem explorado novas sonoridades da música de raiz galega e mediterrânica, com fusões pela tradição sefardita”, os descendentes de judeus originários de Portugal e Espanha.

Na noite de 24, quarta-feira, em palco estarão os Tarwa N-Tinir, grupo de Marrocos formado em 2012 e “conhecido pelos seus concertos, festivos e intensos com sonoridades da cultura Amazigh (berberes) do Saara”.

De acordo com os promotores, o grupo marroquino propõe “uma viagem musical para celebrar, com o mundo, as ricas raízes musicais norte-africanas, combinadas com influências modernas do blues e rock”.

O quarto dia do festival Aguarda Músicas do Mundo está reservado para uma fusão de estilos musicais protagonizada pelos mexicanos Son Rompe Pera.

“Uma banda que mistura cumbia [género originário da Colômbia e que mistura as tradições indígenas, europeia e africana] com punk, rock e outros estilos musicais, criando um som único e vibrante”, sustenta o comunicado.

“Formada pelos irmãos Gama, a banda iniciou a sua trajetória tocando marimba em eventos locais, evoluindo para uma fusão inovadora que incorpora as suas raízes tradicionais e influências modernas”, adianta a nota.

Na sexta-feira, dia 26, é a vez de Davide Ambrogio (Itália), músico que explora a riqueza da tradição oral calabresa [da Calábria, região do sudeste italiano], incorporando nas suas atuações eletrónica com instrumentos tradicionais como a lira, pandeireta ou ‘zampogna’ (uma espécie de gaita-de-foles), entre outros.

A fechar o cartaz do festival, na noite de sábado, dia 27, a também conhecida como Praça da Cidade da Guarda recebe o Coletivo Gira (Brasil).

“O nome deste coletivo feminino faz referência às rodas presentes em rituais de religiões afro-brasileiras, como a umbanda que, de acordo com a crença, são feitas normalmente de pés descalços, com cantos e preparações para chamados espirituais”, observou a organização.