O DJ português Jorge Caiado inicia hoje uma digressão pela China com um concerto na cidade portuária de Tianjin, à medida que o país retoma intercâmbios culturais com o exterior, após abolir a política ‘zero covid’.

Caiado vai tocar ainda em Pequim, na sexta-feira, e em Xangai, a ‘capital’ económica da China, no sábado.

Como outras atividades, a chamada “vida noturna” é uma indústria relativamente nova na China, mas que viveu um ‘boom’ na última década, com discotecas e bares a surgir em todas as grandes cidades do país.

Em Pequim, a maioria das discotecas está concentrada em torno do Estádio dos Trabalhadores, ícone da arquitetura socialista, erguido em 1959 para celebrar o 10.º aniversário da República Popular da China.

Na capital chinesa, no entanto, Caiado vai tocar na ByeBye Disco, um clube noturno situado em Liangmaqiao, onde estão situadas várias embaixadas e escritórios de multinacionais.

A deslocação à China surge após uma atuação em Tbilissi. O DJ português vai atuar a seguir em Banguecoque e Seul.

Licenciado em Engenharia de Som pela Academia de Música Red Bull, em Madrid, Jorge Caiado já atuou em algumas das discotecas e festivais mais importantes de Portugal, como o Lux-Frágil, Ministerium Club, Musicbox, Industria Club, Gare, Alive, Neo Pop e Lisboa Eletrónica.

Caiado é também produtor executivo da editora portuguesa Groovement e dono da loja de discos Carpet & Snares Records, em Lisboa.

A China manteve as fronteiras praticamente encerradas ao longo de quase três anos, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19. Quem chegava ao país tinha de cumprir um período de quarentena, que chegou a ser de três semanas, em instalações designadas. O número de voos internacionais foi reduzido até 2% face ao período anterior à pandemia.

A estratégia resultou num hiato de concertos e espetáculos no país por músicos e artistas estrangeiros. O número de digressões aumentou gradualmente ao longo deste ano, após a reabertura das fronteiras.