O evento, que se realiza até 16 de setembro, vai contar com espetáculos de Pavel Gomziakov, Andrei Korobeinikov, Tatiana Samouil, Gustaaf van Manen, António Capelo, Artur Pizarro, Adriano Jordão, André Gago, Júlio Resende, António Vitorino de Almeida, Maria João e Herman José.
Com sessões em todas as ilhas açorianas, pela primeira vez, o diretor do FIA, Tiago Nunes, realçou, em julho, a importância de levar concertos a “comunidades tão esquecidas culturalmente” e “sem programação cultural regular”, dando como exemplos as atuações de Titus Isfan nas Flores (8 de setembro) e Corvo (3 de setembro) ou de António Victorino de Almeida em São Jorge (16 de setembro).
“São poucos os projetos que tentam ter uma linha programática que une todas as ilhas. Nós vamos às nove ilhas. Não é um projeto fácil. Logisticamente é muito difícil, mas tentamos levar a cabo esta ambição. Também por ser a 18.ª edição. Podemos dizer que nos estamos a emancipar”, afirmou, em declarações à agência Lusa no mês passado, Tiago Nunes.
Segundo a organização, o FIA estava “inicialmente planeado para abranger sete ilhas”, mas conseguiu estender-se a todo o arquipélago devido a um apoio da Direção-Geral das Artes.
Para além da música clássica, “que caracteriza as origens do festival”, o FIA vai explorar o jazz, a música brasileira e “outras formas de expressão artística, como a participação da comunidade local, grupos de teatro locais e a comunidade”, estando agendadas “mais de 40 atividades” nos Açores.
O festival vai organizar formações de fotografia com Ana Proença na ilha Terceira, que pretendem “sensibilizar o público a agir de maneira responsável e a proteger o meio ambiente”.
“Para além da programação artística existe uma componente de responsabilidade social onde se prevê o desenvolvimento de parcerias locais, com agentes educativos (conservatório, escolas e grupos de teatro locais), para introduzir a formação e sensibilização de públicos”, conclui a organização.
O FIA foi criado em 1984 pelo então diretor regional de Cultura, Jorge Forjaz, e pelo músico Adriano Jordão, tendo sido suspenso em 2002 e retomado em 2021.
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