Considerado um dos músicos africanos mais importantes das últimas duas décadas, Cheikh Lô sobe ao palco do Castelo de Sines no dia 22 de Julho. No mesmo dia e no mesmo local actuam os palestinianos Le Trio Joubran. Já Mama Rosin passa pelo Castelo a 27 de Julho.
Estão também confirmados no cartaz do evento Congotronics vs. Rockers (RD Congo / EUA / Argentina / Suécia), Vishwa Mohan Bhatt & The Divana Ensemble “Desert Slide” (Rajastão – Índia), Ebo Taylor & Afrobeat Academy (Gana), Mário Lúcio (Cabo Verde), Mamer (China), António Zambujo (Portugal), Blitz the Ambassador (Gana / EUA), Ayarkhaan (República da Iacútia – Rússia), Shunsuke Kimura x Etsuro Ono (Japão), Luísa Maita (Brasil), Mercedes Peón (Galiza – Espanha), Manou Gallo & Women Band (Costa do Marfim / Bélgica), Nomfusi & The Lucky Charms (África do Sul) e Nathalie Natiembé (Ilha Reunião – França).
A edição de 2011 do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo realiza-se na cidade de Sines em dois fins-de-semana de Julho: 22 a 24 (sexta a domingo) e 27 a 30 (quarta a sábado).
Sobre Cheikh Lô
Nascido em 1955, numa cidade do Burkina Faso, junto ao Mali, Lô é senegalês, mas domina toda a cultura musical da África Ocidental e Central. Cantor, guitarrista e compositor de excelência, começou a carreira como percussionista, primeiro em África e depois em França, onde passou alguns anos na década de 80. De volta ao Senegal, editou uma cassete, “Doxademe” (1990), com canções sobre a emigração, mas foi “Ne La Thiass” (1996), produzido por Youssou N’Dour, que fez dele uma estrela. Seguiram-se “Bambay Gueej” (1999), “Lamp Fall” (2005) e “Jamm”, um dos grandes discos de 2010. Na sua voz, o mbalax mais tradicional surge suavizado através de um maior uso acústico e da incorporação de ritmos cubanos, reggae, música brasileira e influências de outras origens.
Sobre Le Trio Joubran
Filhos de uma família palestina com quatro gerações de fabricantes e tocadores de alaúde, Samir, Wissam e Adnan Joubran expandem o potencial deste instrumento, conferindo-lhe em trio novas dimensões de harmonia e sincronização. A história do grupo, de que também faz parte o percussionista Youssef Hbeisch, teve início quando o irmão mais velho, Samir, começou uma carreira a solo, com dois discos gravados, em 1996 e 2001. No terceiro álbum, “Tamaas” (2003), Samir pediu ao irmão Wissam para tocar com ele. O irmão mais novo, Adnan, juntou-se a eles para “Randana”, gravado em 2005, nascimento em disco do primeiro trio de alaúdes conhecido no mundo. Seguiram-se “Majâz” (2007), o disco que os tornou conhecidos do público internacional, “À l’Ombre des Mots” (2009) e “AsFâr” (2011). O repertório do grupo, composto por peças originais e improvisações, funda-se na cultura dos maqâms tradicionais.
Sobre Mama Rosin
Originário de Genebra, o trio suíço Mama Rosin reinventa o zydeco, estilo de música de dança nascido há dois séculos no seio da comunidade crioula negra do Luisiana. Formado por Cyril Yeterian (acordeão diatónico, voz, guitarra), Robin Girod (guitarra, banjo, “washboard” e voz) e Xavier “Gérard Guilain” Bray (bateria), o grupo funde o rock n’ roll mais enérgico ao manancial de música norte-americana com raízes na cultura de língua francesa. Elegem como grandes influências Amede Ardoin, lendário tocador de concertina dos anos 1920 e 1930, mas também bandas como Velvet Underground, The Clash e White Stripes. Gravaram o primeiro disco, “Tu As Perdu Ton Chemin”, em 2008, e “Brûle Lentement”, em 2009. “Black Robert”, editado também em 2009, acrescentou o jazz e o calypso como ingredientes desta música festiva. Lançam, muito em breve, o seu quarto disco. Mama Rosin sobe ao palco do Castelo no dia 27 de Julho.
Comentários