
A agência de notícias espanhola Efe escrevia esta semana que Portugal é “o novo paraíso para os amantes da música ao vivo” e que este evento passou a estar, ao fim de seis edições, no roteiro internacional dos festivais de verão.
A organização do festival reconheceu que fez um investimento na divulgação fora de portas e como resposta teve este ano cerca de 16 mil espectadores de várias nacionalidades, em particular do Reino Unido e de Espanha.
Na cobertura do festival estão cerca de cem jornalistas, entre redatores, repórteres fotográficos e de imagem, de vários media, entre os quais a revista inglesa New Musical Express que, na edição online, destacou os concertos dos The Stone Roses, Justice e Buraka Som Sistema.
Gemma e Hayley vieram de Londres por causa do cartaz, mas também para aproveitar e visitar Lisboa e ir à praia.
“O cartaz é bom e muito mais barato e acessível do que os festivais ingleses. Só achamos que os concertos se calhar deviam começar um bocadinho mais cedo, mas assim aproveitámos para ir à praia”, disse Gemma à agência Lusa.
As espectadoras destacaram do cartaz os Justice e The Stone Roses. Radiohead estava na lista de preferências no último dia do festival.
Na esplanada, a aproveitar o sol e a beber cerveja, depois da atuação do norte-americano Eli “Paperboy” Reed, estavam Tracy e Helen, do Reino Unido.
Tracy já tinha estado em 2011 no festival Super Bock Super Rock. Este ano decidiu voltar, mas para o Optimus Alive, e o facto de Lisboa ser “uma cidade linda” ajudou.
Para Helen, esta é a primeira vez, “mas não a última”, num festival de música em Portugal e está a ser “uma fantástica experiência”.
“No Reino Unido os festivais são molhados, está frio, é miserável. Aqui está sol, calor, há cerveja fresca, boa música. É perfeito e os portugueses são calorosos”, disse à agência Lusa.
As duas amigas gostaram muito do concerto dos The Stone Roses. Foi por eles, pelos Radiohead e por Miles Kane, todos do Reino Unido, que decidiram este ano rumar ao Optimus Alive.
Além destes grupos, ficaram ainda surpreendidas com as prestações em palco dos norte-americanos Here We Go Magic e de Eli “Paperboy” Reed, que não conheciam.
Também a aproveitar o sol e a beber cerveja estavam as britânicas Cassie e Olivia, pela primeira vez em Portugal e num festival nacional. A experiência, garantiram à Lusa, “é para repetir no próximo ano”.
“Está a ser brilhante: boa organização, boas bandas, uma atmosfera agradável; o tempo é bom e o passe tem um bom preço”, disse Cassie, pedindo à organização “que para o ano tenha vinho à venda”.
Olivia acrescentou que o facto de haver “muita gente de toda a Europa e uma boa mistura de bandas e DJ” contribuem para a vontade de regressar. No cartaz, os eleitos foram os The Cure, os The Stone Roses, James Murphy, Radiohead e The Kooks.
Há um mês de férias na Europa, o canadiano Kris Andrefshulz fez uma paragem em Portugal só para ver os Radiohead, de quem é fã desde a adolescência.
“Comprei bilhete há mais de um mês e depois soube que esgotou e soube do cancelamento de vários concertos por causa do que aconteceu no Canadá [a morte do técnico da bateria dos Radiohead no colapso de um palco]”, disse Kris à agência Lusa.
O canadiano não se poupou nos elogios a Lisboa e aos portugueses – “são simpáticos, acolhedores e muito boa onda” – e, em jeito de brincadeira, disse que não se importaria de se mudar para Portugal.
O festival Optimus Alive começou na sexta-feira e terminou este domingo.
@SAPO com Lusa
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