O cantor vai estar na sexta-feira e no sábado no Teatro Municipal São Luiz, acompanhado de alguns dos músicos que têm marcado o seu percurso há mais de quarenta anos.

"Há músicos com quem tenho uma relação de amizade, não é só profissional. São os guitarristas com quem canto. O José Maria Nóbrega, por exemplo, é o meu companheiro do fado há 43 anos", disse Carlos do Carmo à agência Lusa.

No palco daquele teatro estarão ainda Ricardo Rocha, José Manuel Neto, Carlos Manuel Proença e Fernando Araújo, todos do universo do fado.

A eles juntam-se ainda o contrabaixista Carlos Bica, o espanhol António Serrano (harmónica) e ao piano o maestro António Vitorino de Almeida.

Haverá ainda momentos em que Carlos do Carmo interpretará fados com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, digirida por Vasco Pierce Azevedo, com quem tem actuado com regularidade nos últimos oito anos.

"É prestar um tributo aos músicos; dentro daquilo que seja possível é pedir ao público que preste, independentemente dos poetas e dos intérpretes, atenção aos músicos e escutem a qualidade que têm", sugeriu o fadista.

Sobre o alinhamento do espectáculo, que tem por título "O fado e os músicos", Carlos do Carmo não desvenda o que vai interpretar.

"Há fados que se eu não cantar, o público não acharia muita graça", contrapôs, garantindo que não se cansa de os cantar vezes sem conta.

"Procuro não cantar sempre da mesma forma, procura encontrar dentro da história que estou a contar, uma nova história, sempre. É procurar fugir da rotina", explicou.

@SAPO/Lusa