De entre as atividades programadas no âmbito do FMM, Carlos Seixas, diretor do certame, destacou à agência Lusa a conversa sobre o tema «A criação de novos países e a ideia de identidade nacional», já este sábado, 20 de julho.

Partindo dos casos do Sudão do Sul e dos tuaregues de Azawad, que recentemente declararam a sua independência, o eurodeputado Rui Tavares e Pedro Matos, da Organização das Nações Unidas, debruçam-se sobre os conflitos provocados pelas diferenças culturais e étnicas.

Outra iniciativa evidenciada pelo programador foi o ateliê sobre a classificação da música por géneros e a influência que tal pode ter na produção musical. Este ateliê é constituído por uma mesa-redonda, a 24 de julho, com diversas personalidades, como o músico JP Simões e a jornalista Raquel Bulha, e por um seminário, a 25 de julho, no qual se irá discutir o texto «I hate world music» ("eu odeio música do mundo", em português), da autoria do músico britânico David Byrne.

Também disponíveis para conversar sobre si e os seus livros estarão, a 27 de julho, os escritores João Tordo e David Machado, que a organização do FMM apresenta como «dois dos autores mais representativos das novas letras portuguesas».

O ciclo de cinema documental regressa a Sines, com cinco filmes relacionados com as músicas do mundo, dos quais se destaca o documentário sobre a identidade dos jovens negros portugueses, «Nôs Terra», dos realizadores Toni Polo, Nuno Pedro e Ana Tica, a encerrar esta iniciativa, a 28 de julho.

Durante todo o festival, e até ao final de setembro, está em exibição, no Centro de Artes e no Centro Cultural Emmerico Nunes, a exposição «Shoreline – Artes Plásticas na Coleção do Ar.Co». Esta mostra é constituída por uma seleção de obras da Coleção de Artes do Ar.Co, uma das mais importantes escolas de arte portuguesas, que são doadas pelos seus autores, entre os quais Joana Vasconcelos e Vítor Pomar, filho de Júlio Pomar.

As obras abrangem as mais variadas áreas das artes visuais, como desenho, pintura, gravura, vídeo, escultura, fotografia, instalação, joalharia, cerâmica e ilustração, algumas delas estando a ser expostas pela primeira vez no âmbito desta coleção. As crianças, dos 6 aos 12 anos, continuam a ter à sua disposição os ateliês com artistas, onde podem tomar contacto com diferentes culturas e formas de fazer arte. Em 2012, alguns dos artistas escolhidos para interagir com os mais pequenos são a maliana Oumou Sangaré, o cabo-verdiano Bilan e o brasileiro Lirinha.

O programa de iniciativas paralelas do FMM inclui ainda a tradicional Feira do Livro e do Disco, sessões de contos e uma iniciativa dirigida a bebés, pais e educadores de infância, dedicada às canções de embalar.

@SAPO com Lusa.