A brasileira Anitta chega a Los Angeles em busca de um Grammy. Numa das categorias de destaque, o prémio de Melhor Artista Revelação pode selar a internacionalização da "Girl from Rio", que meteu o mundo para dançar com o sucesso "Envolver".

Com mais de 63,5 milhões de seguidores no Instagram e cerca de 25 milhões de ouvintes mensais no Spotify, nos últimos anos, a cantora tem conquistado fãs nos quatro cantos do mundo. Para alcançar uma carreira internacional, a estrela brasileira trabalhou intensamente durante uma década e promete não ficar por aqui.

Foi aos 20 anos, em 2013, que a artista decidiu que estava na hora de dar o salto. O primeiro passo foi escolher um nome artístico. Larissa de Macedo Machado escolheu apresentar-se como Anitta, em referência à personagem da atriz Mel Lisboa na minissérie "Presença de Anita", da Globo.

Depois, começou a trabalhar no que viria a ser o seu primeiro grande sucesso, o tema "Show das Poderosas". "Acho que o 'Show das Poderosas' deu uma grande volta à minha vida. Foi a canção em que percebi que tinha feito uma coisa em grande e esse foi o tema que me levou para lugares que nunca tinha imaginado e não só no Brasil, mas do mundo. A canção tocou em Portugal, em Espanha e mesmo em português. Então, o 'Show das Poderosas' mudou a minha vida, sem dúvidas", contou a artista ao SAPO Mag, em 2018.

Mas a ligação à música começou bem antes, durante a infância, em Honório Gurgel, um bairro do Rio de Janeiro. "O meu interesse e ligação com a música começou desde pequena. Eu cantava na igreja com o meu avô - comecei a cantar quando tinha nove anos. Cantei até aos 16 anos e, então, foi lá onde aprendi tudo sobre música. Foi a minha grande escola", conta. "Nasci numa família muito humilde, num sítio muito humilde e, então, não tinha muitas oportunidades para aprender. Portanto, tudo o que aprendi foi na igreja", revelou a cantora.

Além dos ensaios no coro da igreja local, Anitta fazia do seu quarto o palco para concertos improvisados, sempre com canções de Mariah Carey no alinhamento. Tudo estava na imaginação da cantora, só faltava o público. "Fazia os meus concertos para o espelho. Era muito engraçado, eu imaginava muito. E cantava muito os temas da Mariah Carey, sou mesmo fã. Cantava muito e aprendi muito com ela, a ouvir os discos e tudo o que ela fazia. Ela foi a primeira cantora que ouvi e continuo a ouvir e, por isso, conheço a carreira - acho que é a única cantora que eu acompanho e que conheço todas, todas as músicas sem tirar nem pôr. Sei tudo", confessou em conversa com o SAPO Mag.

Entrevista a Anitta: chegar ao topo foi um

Mas até ao final do secundário, a ligação de Anitta com o mundo da música era informal. Apesar do sonho continuar presente, aos 16 anos, a cantora decidiu estudar Administração numa escola técnica, sendo escolhida para estagiar numa empresa ligada ao sector mineiro. "Estudei administração e trabalhei na área durante um ano. Era boa no que fazia, mas não era feliz. Então, durante esse ano, enquanto trabalhei nisso, percebi que se não trabalhasse com música... não iria estar completa. Então, comecei a correr atrás do meu sonho", relembrou.

Depois de deixar a área administrativa, Anitta decidiu tentar a sua sorte e gravar um vídeo para as redes sociais. "Sempre fiz amigos com facilidade, fiz amigos em todos os cantos. Tenho amigos de todo o tipo e de todos os tipos de lugares. Na altura, fiz um vídeo e partilhei no Youtube. No vídeo, cantava, dançava, imitava pessoas... e alguns amigos que trabalhavam na música e que não sabiam que eu cantava, chamaram-me para cantar e comecei a cantar em bailes funk nas favelas do Rio de Janeiro", contou.

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