Na mesma sala onde se apresentou em outubro de 2011, a fadista será acompanhada em palco por convidados cuja identidade ainda está por anunciar.

No texto de apresentação do espetáculo, é prometido "um novo som e um novo estilo" para Ana Moura, cujo quinto álbum é descrito como estando "fora da zona do fado".

O disco, lançado em Portugal em novembro mas cuja edição internacional só acontecerá em 2013, inclui colaborações com o pianista de jazz norte-americano Herbie Hanckock e o produtor Larry Klein.

Pedro Abrunhosa, Miguel Araújo (Azeitonas), Luísa Sobral, Márcia Santos, Manel Cruz (Ornatos Violeta) e Pedro da Silva Martins (Deolinda) foram alguns dos compositores que contribuíram para o registo.

Na lista de colaborares estão ainda António Zambujo, a dupla Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda, dos Virgem Suta, e outros autores que já têm colaborado com Ana Moura como Manuela de Freitas, Mário Rainho e Tozé Brito.

Desde 2003, Ana Moura editou quatro álbuns de fado (e um disco ao vivo), mas ao longo destes anos participou em vários espetáculos e projetos de músicos de outras áreas musicais, como os Rolling Stones, Prince e Caetano Veloso.

Em entrevista à agência Lusa, a cantora, distinguida em 2008 com o Prémio Amália para a Melhor Fadista, considerou o novo álbum, "Desfado", a abertura de um novo ciclo na sua carreira musical.

"Não é uma negação do fado, eu gosto de cantar fado e não me sinto bem sem o cantar - é um percurso de carreira, quis explorar novas áreas, reflexo das parcerias que tenho feito, e tenho descoberto características em mim que desconhecia", disse a intérprete.

Entre os diferentes temas, referiu "O espelho de Alice", de Nuno Miguel Guedes, que canta na música do Fado Santa Luzia, de Armando Machado.

"O poema espelha precisamente aquilo que sinto neste momento: o final de um ciclo em que carrego as alegrias e os erros, e o começo de outro, tendo a noção de que não serei como dantes", declarou à Lusa.

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