Na apresentação da programação do Theatro Circo e do gnration para o primeiro quadrimestre de 2024, que também funcionou como apresentação das novas equipas de direção e administração, com Luís Fernandes enquanto diretor artístico e Joana Meneses Fernandes na administração depois das saídas de Paulo Brandão e Cláudia Leite, foi realçada a articulação que se impõe entre os dois espaços.
“O gnration implica, ou tem o condão de nos permitir, por ter uma dimensão mais pequena, alavancar artistas e jovens criadores, ou até às vezes que não sendo jovens nem emergentes são figuras marginais, no bom sentido, que não chegam a grandes públicos. Estas duas medidas completam uma oferta muito interessante para a região Norte”, afirmou Luís Fernandes aos jornalistas.
O mês de janeiro arranca com Peter Kutin & Patrick Lechner, no gnration, a apresentarem a ‘performance’ “Rotor – Sonic Body”, seguindo-se o ciclo de programação órbita, “pensado exclusivamente para o formato ‘online’”, com Carlos Maria Trindade, Má Estrela e Nuno Loureiro.
No final do mês abre a exposição “EMAP Perspetive #1”, da Plataforma Europeia de Media Art (EMAP, na sigla inglesa), à qual o gnration pertence desde 2022.
Em fevereiro, o gnration apresenta o ciclo “Radiografia”, uma “perspetiva sobre novos compositores bracarenses”, que começa com a apresentação do álbum de estreia de Pedro Lima, “Talking about my Generation”, no dia 3, que vai contar também com a instalação “Talking about Who?” e uma mesa-redonda com a escritora Marta Pais Oliveira, o ‘designer’ e filósofo Daniel Fraga, o engenheiro de som Hugo Romano Guimarães e o compositor Luís Tinoco.
No dia 17, loscil & Lawrence English apresentam “Colours of Air”, seguindo-se Steve Gunn & David Moore, com o seu álbum “Reflections Vol. 1: Let the moon be a planet”, no dia 23, em que o gnration será também palco para um concerto de Tiago Sousa.
Já no dia 29 de fevereiro, o rapper MIKE sobe ao palco da ‘blackbox’, enquanto março começa com o saxofonista britânico Angus Fairbrain, nome por trás do projeto Alabaster Deplume.
No dia 15 de março, dá-se um dos destaques do ano no gnration, com o concerto do brasileiro Jards Macalé, de 80 anos, que vai revisitar o disco homónimo, de 1972, que o gnration descreve como “uma obra-prima, inovadora e desafiante, que juntou o espírito do samba e da bossa nova com a essência ardente do rock, harmonias clássicas e o espírito de improvisação do jazz”.
Março prossegue no gnration com Nik Colk Void e MAOTIK (dia 23), entrando depois em abril com Rodrigo Amado, no dia 5.
Até ao final de abril vai ser ainda possível ver a britânica Nabihah Iqbal e XEXA, o Braga International Vídeo Dance Festival e comemorar os 11 anos de existência do espaço, no dia 27, com o habitual gnration Open Day.
Nesse dia, de entrada gratuita, vai ser possível ver atuações de Mafalda BS, mutu, Goela Hiante (de Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu), África Negra, HHY & The Kampala Unit, e James Holden, com novo disco em carteira.
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