Otema terá sido composto em 2006, durante uma viagem à Disneyland, por três estudantes brasileiras, que agora, ao depararem-se com o enorme sucesso gerado pela canção, decidiram reclamar os seus direitos autorais.

As três raparigas – Marcella Quinho de Ramalho, Maria Eduarda Lucena dos Santos e Amanda Borba Cavalcanti - já moveram uma ação no tribunal de João Pessoa contra o cantor, contra a editora Som Livre, conta a editora Pantanal e também contra a compositora baiana Sharon Acioly, que terá registado, indevidamente, a autoria dos versos. As receitas provenientes do tema deverão, enquanto a questão da autoria não foi esclarecida, ser congeladas, não tendo o cantor autorização para mexer nesse dinheiro até que saia uma decisão final do processo.

Uma vez confirmada a versão das estudantes, todos os lucros originados por Ai Se Eu Te Pego – passados e futuros – terão de ser com elas partilhados. Um relatório detalhado dos lucros obtidos com o tema já foi pedido pelo juiz responsável à editora de Michel Teló.

Confrontado com a polémica, Teló afirma ainda não ter recebido qualquer notificação do tribunal e estar tranquilo com a situação: “Não tenho nada a ver com esta história, sou apenas o intérprete da música. Os meus bens não estão bloqueados e tenho todos os direitos legais para interpretar a música”.

Já Sharon Acioly revelou que, efetivamente, tinha conhecido o refrão da música através dumas raparigas, mas que, em 2009, quando foi registar o tema, não conseguiu entrar em contacto com elas, acabando por registara músicaem seu nome: “Eu fiz um funk inspirado no gritinho de guerra de três meninas da Paraíba que estavam em Porto Seguro, de férias. Meu parceiro Dyggs entrou depois e transformámos em forró. Teló transformou em sertanejo e a coisa bombou! Agora todo o mundo quer um pedacinho do milhão”.

Recorde-se que Michel Teló passou por Portugal no mês passado, para dois concertos: em Lisboa e Guimarães. Recorda aqui o concerto na capital.

Sara Novais