O ambiente estava agitado e a sala cheia. Decorria mais uma lecture numa das salas do Hub na Rua Cândido dos Reis. A organização da Red Bull Music Academy remodelou três antigos armazéns de tecidos e transformou-os no espaço onde 80 participantes, seleccionados pela Academia, e agentes musicais têm trocado ideias e experiências ao longo da semana.
Lá dentro Tozé Brito, debatia com músicos e agentes o estado da música. Mais não podemos desvendar porque o evento é fechado ao público. Só os participantes puderam testemunhar o que lá dentro se passou.
Om’Mas Keith, membro do colectivo Sa-Ra Creative Partners, Appleblim, o dubstepper britânico, o compositor Tó Zé Brito, A Guy Called Gerald, Eurico A. Cebolo, o "Embaixador do Boogie Funk de Los Angeles" DâM-funK são alguns dos nomes mais sonantes que têm passado ou ainda vão passar pelo Porto.
Na sala ao lado, uma "jam session" com piano, guitarras, mesa de "djing e o reactable, a nova revelação da música electrónica, estão à disposição dos participantes para experimentarem ou porem em prática novas batidas e ritmos.
Mais uma porta ao lado, e deparamo-nos com um espaço de lazer onde os participantes podem relaxar, conversar, entre os intervalos das lectures. É o único espaço aberto ao público. Ao fundo do corredor está a OBlá FM, a rádio criada especialmente para o efeito, que pode ser sintonizada em 102.1 FM, das14h às 24h, durante todo o evento.
O Red Bull Music Academy Porto Hub continua pela noite dentro em bares e discotecas da cidade. Passos Manuel, Plano B, Gare e Indústria têm recebido ou vão receber live acts, concertos e dj sets de Serial, Ommas Keith, produtor californiano, o projecto português Buckskins, o britânico dubstepper Appleblim, Santo Ovídeo Grime, A Guy Called Gerald, The Shine, c,, DâM-FunK, e DJ Ride.
O evento pretende também desvendar um pouco da edição internacional do Red Bull Music Academy que vai decorrer ainda este ano no Japão.
Pensado para além da música, o Red Bull Music Academy Porto Hub vai ter uma aposta forte nas artes visuais. Cerca de 20 artistas, a maioria portuenses, entre eles designers, ilustradores, arquitectos e writters vão intervir em vários locais interiores e exteriores ligados ao evento.
Contaminação de espaços, decorações, performances vão ser algumas das actividades paralelas. A organização vai, inclusivé, desafiar os criativos da cidade a ocuparem um imóvel devoluto (Residencial M), o nº1 da Praça da Batalha, onde poderão por em prática as suas ideias e técnicas, em áreas como a fotografia, o vídeo e/ou a música.
Tudo isto até 12 Fevereiro, sábado, a acontecer no coração da Invicta.
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