Os dados preliminares sobre cinema na União Europeia apontam para uma descida de 0,4 por cento no número de bilhetes vendidos em 2011, de 964 milhões para 960 milhões de espetadores.

No total dos 27 países, destacam-se os bons resultados em França, que conquistou mais nove milhões de espetadores em 2011 do que no ano anterior, passando de 206 milhões de entradas vendidas para 215 milhões. É o país da UE que regista o maior número de espetadores em sala.

Alemanha e Reino Unido, dois outros fortes mercados de produção cinematográfica, também registaram ligeiras subidas.

Entre os países que registaram redução de idas ao cinema contam-se Grécia (que desceu 6,5 por cento para cerca de 10,9 milhões de espetadores), Espanha (que perdeu sete milhões de espetadores em 2011) e Itália (que registou menos nove milhões de entradas).

Portugal entra no grupo de países que têm vindo a perder espetadores, tal como o Instituto do Cinema e Audiovisual já tinha divulgado nas estatísticas anuais: em 2011 registou 15,69 milhões de entradas, uma descida de 5,5 por cento.

O Observatório Europeu do Audiovisual sublinha ainda que França, Itália, Reino Unido, Polónia e República Checa são os países onde os espetadores consomem mais filmes nacionais.

Fora da União Europeia, é a Turquia que lidera, com a produção de cinema nacional a ocupar 50,2 por cento do total de exibições em sala.

No que toca a receitas de bilheteira, ainda não há dados finais de vários países, mas as estatísticas elaboradas pelo Observatório indicam que na Alemanha se registaram mais 38 milhões de euros de lucros brutos de bilheteira em 2011, comparando com o ano anterior, num total de 958 milhões de euros.

Em Espanha, registou-se uma quebra de 50 milhões de euros nas receitas de bilheteira, totalizando 612 milhões de euros.

A exibição de filmes em 3D não significou um acréscimo de receitas de bilheteira em todos os mercados. Em França em 2010 foram exibidos 23 filmes em 3D e em 2011 43. No Reino Unido registou-se uma descida de quatro por cento.

Os dados estatísticos definitivos serão divulgados pelo observatório apenas em maio.

@Lusa