Fonte da Secretaria de Estado da Cultura disse no domingo à Lusa que Francisco José Viegas está disponível para receber os trabalhadores da Tobis na quinta-feira.
No entanto, contactado pela Lusa, o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e do Audiovisual (SITTAV), António Caetano, referiu desconhecer a decisão do secretário de Estado da Cultura pelo que a concentração dos trabalhadores vai manter-se.
A reunião foi solicitada a Francisco José Viegas no dia 30 de novembro, por fax, e depois por carta, e prende-se com a situação da Tobis: salários em atraso, negociações para a anunciada venda do capital do Estado e a assembleia-geral de acionistas, marcada para 06 de janeiro, cuja convocatória tem em agenda, para discussão, a dissolução da empresa.
"A extinção da empresa, um dos pontos da agenda da assembleia de acionistas da Tobis, pedida pela administração demissionária e marcada para 06 de janeiro, é uma das nossas preocupações dado que não sabemos se a empresa é viável ou não", sublinhou António Caetano.
Na segunda-feira, quando os trabalhadores começarem a concentrar-se em frente ao Palácio da Ajuda, o secretário de Estado da Cultura encontra-se em Bragança para abrir o ciclo de conferências "Portugal - A soma das partes: As economias como fator de desenvolvimento", iniciativa da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.
Para os 53 trabalhadores da Tobis, está também em causa o pagamento do salário de novembro e subsídio de Natal, que, neste momento, se encontram em atraso, disse António Caetano, acrescentando que os trabalhadores temem não vir a receber esses vencimentos, mesmo que o Estado venha a alienar o capital social da empresa.
Com perto de 80 anos e 53 trabalhadores, a Tobis é detida maioritariamente pelo Estado, já que este possui 96,4 por cento do capital social.
O passivo da empresa, segundo declarações do secretário de Estado da Cultura no Parlamento, ronda os oito milhões de euros.
A SEC tem em curso um processo de alienação que está a ser acompanhado diretamente por Francisco José Viegas, desconhecendo-se, até ao momento, a identidade do potencial comprador.
@Lusa
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