O realizador James Cameron contou à revista Vanity Fair o que mais se recorda da noite em que "Titanic" ganhou 11 Óscares: quase bater com uma das suas estatuetas em Harvey Weinstein, o produtor caído em desgraça após dezenas de acusações de alegados assédios e ataques sexuais.

Tudo por causa da forma como ele tratou o seu amigo, o realizador mexicano Guillermo del Toro.

"Recordo-me de quase ter lutado com Harvey Weinstein e bater-lhe com o meu Óscar", revelou.

O realizador recordou que tudo aconteceu na sala principal e que a música tinha começado a tocar para que todos voltassem aos seus lugares: "As pessoas à nossa volta diziam 'Aqui não! Aqui não!' Como se estivesse bem lutar no parque de estacionamento, mas não fosse correto ali quando a música estava a tocar e iam entrar em direto".

A causa de tudo foi a forma como Harvey Weinstein se gabava de tratar bem os artistas quando James Cameron tinha ouvido uma história muito diferente do realizador mexicano Guillermo del Toro.

"É uma longa história, mas tem a ver com Guillermo del Toro e como ele foi tão mal tratado pela Miramax em 'Predadores de Nova York' (1997). Harvey veio cumprimentar-me muito entusiasmado, dizendo como eles eram tão bons para os artistas e eu disse-lhe de trás para a frente o quão bom eu achava que ele era para os artistas baseado na experiência do meu amigo e isso originou uma altercação", recordou.

James Cameron rematou o assunto admitindo que, depois de descobrir o que agora é público sobre Weinstein, gostaria mesmo que a luta tivesse existido.

Guillermo del Toro renegou "Predadores de Nova York" após discussões e interferências sistemáticas com Bob Weinstein, irmão de Harvey. Nunca mais voltou a trabalhar com os irmãos.

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