Num momento em que os cinemas lutam para voltar à normalidade durante a COVID-19, o lançamento do primeiro '"blockbuster" de Hollywood em seis meses, "Tenet", de Christopher Nolan, arrecadou 20,2 milhões de dólares em cinco dias nos EUA.

Para um filme visto como um provável sucesso de bilheteira, os números seriam preocupantes para a Warner Bros. Pictures, a sua distribuidora, não fosse a atual situação incomum pela qual a indústria cinematográfica atravessa devido à pandemia.

Com um orçamento de 200 milhões de dólares, o lançamento do filme neste momento representou uma grande aposta para o estúdio. Estima-se que tenha de arrecadar entre 450 e 500 para ser considerado um sucesso comercial.

"A nível nacional, "Tenet" estreou no extremo inferior das expectativas: 20 milhões de dólares até segunda-feira", anunciou este domingo a empresa especializada Exhibitor Relations.

Porém, o lançamento acontece com muitas salas funcionando com capacidade reduzida ou ainda fechadas, como acontece em mercados bastante importantes, como Nova Iorque, Los Angeles, São Francisco ou Detroit.

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A indústria americana esperava aproveitar o fim de semana prolongado, devido ao feriado do Dia do Trabalho, que se assinala nos EUA na primeira segunda-feira de setembro.

"Literalmente, não há contexto com o qual comparar os resultados da estreia de um filme durante uma pandemia com qualquer outra circunstância", disse a Warner Bros. em comunicado.

"Tenet", um filme com um enredo que mistura espionagem e ficção científica, estreou na quarta-feira com a esperança de atrair o público ao cinema após meses de confinamento.

A obra teve resultados melhores no estrangeiro, onde os cinemas voltaram a abrir há mais tempo, avançou o The Hollywood Reporter, arrecadando cerca de 150 milhões de dólares a nível mundial.

Para os analistas, a expectativa é que "Tenet" mantenha valores de bilheteira acima do que seria normal nas sessões durante a semana e pequenas descidas de fim de semana para fim de semana, à medida que os espectadores se habituam à atual situação. O estúdio tem destacado que o percurso comercial do filme será uma "maratona" e não um "sprint".

Em contraste, a Disney optou por lançar o filme "Mulan" diretamente nas plataformas digitais na sexta-feira (4).

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