Kristen Stewart acha que os livros e filmes da saga "Twilight" têm uma tónica gay.

Numa nova entrevista à revista Variety, a atriz que foi Bella Swan em cinco filmes lançados entre 2008 e 2012 adaptados das obras de Stephenie Meyer explicou que só recentemente descobriu essa conotação.

Tudo começou quando estava em casa com amigos e começou a passar na TV "Sala de Pânico", de David Fincher.

Sem qualquer interesse em rever o primeiro filme que a tornou conhecida, os amigos insistiram, dizendo que ela só se precisava de lembrar como era tão bom. A atriz cedeu e concordou em ver uma cena... e acabou por assistir a tudo.

"Sala de Pânico"

A sessão de duas horas foi uma revelação, com Kristen Stewart a ver o que muitas pessoas queer sentiram sobre ela desde o início: aos 11 anos, ela diz que já passava inconscientemente uma postura de "não se metam comigo" (no original, um muito explícito '‘Don’t fu** with me').

"Era gay", disse a rir à revista.

"E depois há coisas em que se trabalha que são totalmente inconscientes, que não se consegue perceber até anos mais tarde, ou talvez nunca”, acrescentou.

Como uma faísca gay em "Twilight", a história do amor proibido entre a sua personagem e um vampiro.

"Só percebi isso agora. Não acho que tenha começado necessariamente assim, mas também acho que o facto de eu estar lá era um sinal. É um filme tão gay", diz.

"Jesus Cristo, o Taylor [Lautner], o Rob [Pattinson] e eu, e é tão escondido e não está certo. Afinal de contas, uma mulher mórmon escreveu este livro. É tudo uma questão de opressão, de querer o que nos vai destruir. Essa é uma inclinação muito gótica e gay que adoro", concluiu.