Sean Connery, retirado do cinema desde 2003 e com raras presenças públicas desde essa altura, muito menos declarações, quebrou o silêncio para homenagear Roger Moore, que lhe sucedeu como 007 entre 1973 e 1985 e faleceu na terça-feira aos 89 anos.

"Fiquei muito triste ao saber do falecimento do Roger. Pelas normas de Hollywood tivemos uma pouco habitual longa relação que foi preenchida com piadas e risos, irei sentir a sua falta", disse o ator escocês de 86 anos numa declaração ao jornal The Independent.

Roger Moore considerava Connery o melhor James Bond, a par de Daniel Craig, que também lhe prestou uma homenagem.

"Ninguém o faz melhor. Com amor, Daniel", anunciou o atual 007 na conta oficial da saga.

O sucessor de Roger Moore foi Timothy Dalton, que fez dois filmes, em 1987 e 1989, que avançou que o conheceu "como um homem generoso e bondoso. Foi um ator maravilhosamente interessante e bem sucedido".

Já Pierce Brosnan, agente secreto em quatro filmes entre 1995 e 2002, disse que foi uma grande parte da sua vida ao crescer e ajudou a abrir caminho para o próprio Brosnan se tornar Bond: "O mundo vai sentir a tua falta e o teu sentido de humor único por muitos anos".

O segundo Bond, George Lazenby, admitiu ao The Express que não conheceu Moore muito bem, mas que ficou com boa impressão das poucas vezes que se encontraram.

"Era um dos bons tipos e a sua falta será sentida por muitos. Sei que era amado pela sua família e muitos outros", referiu o ator australiano de 77 anos que apenas foi o agente secreto em "007 - Ao Serviço de Sua Majestade" (1969), entre dois filmes de Connery.

Os atuais produtores da saga, Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, também salientaram que Moore tinha "reinventado o papel de James Bond com tremenda competência, carisma e humor" e que também era um genuíno herói na vida real graças ao seu trabalho com a UNICEF. Acrescentaram ainda que era "um amigo amado e leal e o seu legado irá viver através dos seus filmes e as milhões de vidas que tocou".