A cineasta Laura Poitras, que ganhou o Óscar de Melhor Documentário por «Citizenfour» sobre Edward Snowden, que revelou a existência de um grande programa de vigilância dos EUA, processou o governo americano depois de ter sido alvo, durante anos, de longos interrogatório nas fronteiras.

Poitras, também Prémio Pulitzer, pede ao Departamento de Justiça e aos órgãos responsáveis ​​pela segurança das fronteiras que publiquem seis anos de relatórios indicando como, cinquenta vezes, foi interrogada, revistada e teve de esperar por horas em controles nos aeroportos nos Estados Unidos e no exterior.

«Estou a apresentar uma denúncia porque o governo usa a fronteira americana para burlar a lei», disse a advogada que milita a favor da liberdade na internet e representa Poitras no seu processo iniciado na segunda-feira em nome da lei FOIA sobre a liberdade de informação.

«Também o faço em apoio a todas as outras menos conhecidas que sofrem assédios nas fronteiras. Temos o direito de saber como o sistema funciona e por que nós somos seus alvos», acrescentou.

Durante os interrogatórios em questão, a cineasta foi informada por agentes que tinha antecedentes criminais, o que esta nega, além de que o seu nome constava num banco de dados de suspeitos de terrorismo que ameaçavam a segurança nacional, informou ainda a representante da cineasta.