Quentin Tarantino parece não ter desistido da sua meta de não fazer mais do que dez filmes.

Durante uma conferência criativa da poderosa empresa de software Adobe Max em San Diego na quinta-feira, o famoso realizador foi muito claro: 'Largo o microfone. Boom. Vou dizer a toda a gente 'superem essa m****'.

Depois de "Os Oito Odiados" no início deste ano, uma desilusão comercial após os sucessos de "Sacanas sem Lei" (2008) e "Django Libertado" (2012), isto significa que está a dois da reforma.

No passado, Tarantino defendeu a opinião de que os realizadores pioneiros de Hollywood não conseguiram evitar uma curva descendente na qualidade criativa dos seus últimos filmes, algo que está determinado a evitar.

Aliás, ao responder a uma pergunta sobre como definia pessoalmente o sucesso, o realizador de 53 anos salientou que a intenção é acabar em alta e deixar um grande legado.

'Tenho esperança que a forma como vou definir o sucesso quando terminar a minha carreira é que serei considerado um dos mais cineastas que alguma vez existiu. Mais do que isso, um grande artista, não apenas cineasta'.

Durante a conferência, Tarantino também deixou pistas sobre a sua prioridade: um projeto baseado numa história verídica que ainda não sabe se poderá resultar num livro, documentário ou podcast em cinco partes.

No início deste ano, o realizador adiantou que o seu novo filme pode ser algo no género de "Bonnie e Clyde", situado nos anos 1930 na Austrália.