Quatro curtas-metragens portuguesas, três delas dirigidas por mulheres, competem no 24.º Festival Ibérico de Cinema (FIC) de Badajoz, em Espanha, que começa na segunda-feira e decorre até dia 21, revelaram esta sexta-feira os promotores.
Segundo o festival, em comunicado enviado à agência Lusa, as quatro curtas-metragens portuguesas são “Tocadora’, de Joana Imaginário, “Coup de Grâce” (foto), de Salomé Lamas, “Thursday Night”, de Gonçalo Almeida, e “A Sonolenta”, de Marta Monteiro.
A secção oficial do festival, adiantou hoje à Lusa fonte da organização, é composta por “um total de 20 curtas-metragens”, selecionadas “a partir das 400 que se apresentaram a concurso”.
“Havia 23 curtas-metragens portuguesas que concorreram e, para a secção oficial, foram escolhidas estas quatro”, que vão disputar a competição com as outras 16 “curtas” de realizadores espanhóis, acrescentou a mesma fonte do FIC.
O comité de seleção, segundo a delegação de Lisboa da Junta da Extremadura espanhola, “destacou a qualidade das ‘curtas’ portuguesas, que contam com uma importante carreira internacional fora da Península Ibérica”, tendo “algumas delas” passado por festivais internacionais, como o de Cannes ou o de Berlim.
O trabalho de Gonçalo Almeida, “Thursday Night”, que é “um ‘thriller’ fantástico protagonizado por dois cães”, foi igualmente selecionado para o Festival dos Miúdos, outra das vertentes do FIC, para o público infantojuvenil.
Já as películas “Tocadora” (Joana Imaginário), em que se utilizam várias técnicas, e “A Sonolenta” (Marta Monteiro), com a história de uma jovem criada a quem a criança que tem a seu cargo não a deixa dormir, são ambas de animação.
E, em “Coup de Grâce”, a realizadora Salomé Lamas destaca a temática da separação, da aceitação e do vínculo, resumiu o FIC.
As 20 curtas-metragens em competição na secção oficial do festival são projetadas em três sessões, entre quarta e sexta-feira da próxima semana, no terraço do Teatro López de Ayala, em Badajoz, e nas Casas da Cultura de Olivença e San Vicente de Alcántara, outras duas localidades da Extremadura espanhola.
Considerado “uma referência do cinema na Península Ibérica”, o festival arranca na segunda-feira, com uma oficina de criação cinematográfica para jovens, subordinada ao tema “50 Anos de Paz na Colômbia”, disse à Lusa fonte da organização.
No total, o FIC vai exibir 32 curtas-metragens, pois, além das 20 da secção oficial, foram escolhidas outras para o Festival dos Miúdos, para o Concurso de Curtas-Metragens da Extremadura e para a secção “Cine Sin Límites” (Cinema sem Limites).
A estreia do filme “Carmen y Lola”, de Arantxa Echevarría, que conta a história de amor de duas adolescentes ciganas numa cultura em que a homossexualidade é tabu, é uma das novidades deste ano do cartaz do evento.
Também o filme “La russa”, do diretor Araitz Ortiz, rodado na vila de Valdetorres, em Badajoz, vai estrear no Festival Ibérico de Cinema, cuja gala de encerramento, com o anúncio dos premiados, está marcada para dia 21.
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