Filmes como "United 93", de Paul Greengrass, ou "World Trade Center", de Oliver Stone, foram elogiados pela forma como retrataram uma das maiores tragédias da história dos EUA, mas a avaliar pelas reações, o mesmo não vai acontecer com "9/11".

Há duas semanas, a chegada do poster deste novo filme com Charlie Sheen já tinha originado comentários negativos, mas o pior estava para acontecer.

Na sexta-feira foi lançado o primeiro trailer e é difícil levá-lo a sério: pelas imagens, bastante amadoras e até com problemas de edição de som, não abunda nem dinheiro nem talento.

Só que não é por essa razão que se multiplicam as reações de choque nas redes sociais: o tom do trailer mostra que o que aconteceu a 11 de setembro de 2001 nas Torres Gémeas é usado para algo que fica algures entre um "thriller" de sobrevivência e um "filme catástrofe".

Está tudo no resumo oficial da história: "No 11 de setembro, cinco pessoas vêem-se encurraladas num elevador no World Trade Center. A sua única esperança para sobreviver é trabalharem juntos e lutar contra todas as probabilidades para sobreviver ao iminente e inacreditável colapso".

Se não surpreende o envolvimento de Charlie Sheen pois tem a carreira na mó de baixo há vários anos, muitos perguntam como é possível também aparecerem a oscarizada Whoopi Goldberg e ainda Gina Gershon, Luis Guzman ou Jacqueline Bisset.

Muitos acham que poderemos estar perante um dos filmes "mais ofensivos de sempre".

Para tornar tudo mais "picante", Charlie Sheen é um conhecido defensor das teorias da conspiração sobre o 11 de setembro, dizendo que os ataques terroristas foram uma operação do governo norte-americano, e a estreia do filme, co-escrito e realizado por Martin Guigui, está marcada para 8 de setembro.

Veja o trailer.