O músico porto-riquenho Bad Bunny interpretará El Muerto, tornando-se o primeiro latino a representar num filme de super-heróis não animado da Marvel, anunciou a Sony Pictures na noite de segunda-feira, no início da convenção CinemaCon, em Las Vegas.

"Dar vida a El Muerto é simplesmente incrível", disse no evento dos proprietários das salas de cinema a estrela do reggaeton, cujo nome de batismo é Benito Antonio Martínez Ocasio.

O filme com o cantor de 28 anos deverá chegar aos cinemas em janeiro de 2024, mas os seus fãs poderão assistir ao seu trabalho como ator no grande ecrã este ano em "Bullet Train", um filme de ação protagonizado por Brad Pitt e baseado num romance japonês.

As primeiras imagens apresentadas na abertura da CinemaCon mostram a Pitt interpretar um assassino profissional que caminha pelas ruas iluminadas de Tóquio antes de enfrentar a super estrela da música urbana na carruagem de um comboio.

"Não é a minha primeira luta", brincou Bad Bunny, fã da luta livre, que também já se aventurou no ringue.

"El Muerto" é um spin-off do universo de "Homem-Aranha", cujos filmes foram destaque no primeiro dia da CinemaCon, que atrai anualmente os executivos de Hollywood e apresenta antecipações exclusivas e estrelas da meca do cinema.

Depois de uma edição morna em agosto de 2021 por causa da pandemia, o evento está de volta ao seu formato de glamour em tempos em que as bilheteiras tentam recuperar das interrupções provocadas pela COVID-19 e a gigante do streaming Netflix anunciou a sua primeira diminuição de subscritores em mais de uma década.

As salas de cinema reviveram graças a sucessos como "Homem-Aranha: Sem Volta a Casa", a recente superprodução da Sony que, com 1,9 mil milhões de dólares de receitas mundiais, tornou-se o terceiro maior sucesso de bilheteira de todos os tempos.

A nova edição da CinemaCon conta este ano com a presença de estrelas como Robert De Niro, Rachel McAdams e o realizador David Cronenberg, em contraste com o ano passado, quando a pandemia afugentou as presenças mediáticas e viu o estúdios de Hollywood privilegiar as plataformas de streaming sobre as salas de cinema para lançar as suas produções.