A morte de
Tonino Guerra, que se encontrava doente há algum tempo, foi anunciada pelo município de Rimini. Guerra foi coautor do argumento do filme
«Porto Santo» (1997), de Vicente Jorge Silva, em conjunto com o realizador e com Torcato Sepúlveda. O livro de contos
«Il Libro delle Chiese Abbandonate» (1988) foi editado em 1997, em Portugal, pela Assírio & Alvim, com o título «O Livro das Igrejas Abandonadas», numa tradução de José Colaço Barreiros, com introdução de Vicente Jorge Silva.

Nascido a 16 de março de 1920, Tonino Guerra começou a escrever quando foi deportado para um campo de concentração alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Depois de ter criado um primeiro argumento para o filme
«Homens e Lobos» (1956), de Giuseppe De Santis, consagrou grande parte da sua atividade ao cinema, mas continuou a trabalhar no teatro, na televisão, na poesia, na pintura e na escultura.

Colaborou com os principais realizadores italianos do seu tempo, como
Vittorio De Sica, Mauro Bolognini,
Mario Monicelli,
Alberto Lattuada, os irmãos
Paolo e
Vittorio Taviani,
Marco Bellocchio,
Francesco Rosi,
Federico Fellini e
Michelangelo Antonioni.

Também trabalhou com o realizador
Theo Angelopoulos e o norte-americano
Steven Soderbergh.

A Tonino Guerra se devem argumentos de filmes como
«Amarcord» e
«Ginger e Fred», de Fellini, com quem também trabalhou em
«O Navio», e de filmes de Antonioni, como
«A Aventura»,
«Blow Up - História de Um Fotógrafo» e
«Zabriskie Point».

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