O filme sobre Madonna saiu da prateleira e volta a estar ativo em hollywood.

O projeto sobre a vida e carreira de décadas da artista fora anunciado oficialmente em setembro de 2020 e cancelado em janeiro de 2023.

Estava definido que a própria Madonna seria a realizadora e Julia Garner a protagonista: a atriz de "Ozark" e "Inventing Anna" ganhara o papel a mais de uma dúzia de candidatas, incluindo Florence Pugh, Alexa Demie ("Euphoria") e Odessa Young, bem como as cantoras Bebe Rexha e Sky Ferreira, após um processo de audições descrito como "extenuante" por causa das exigências a nível de canto e dança.

Aquando do cancelamento, várias fontes disseram à imprensa norte-americana que se tratava de um projeto complicado: como condensar mais de 40 anos de carreira?

Consta que os muitos rascunhos dos argumentos tinham sempre mais de 180 páginas, o que responde a um filme com pelo menos três horas, e houve debates sobre fazer dois filmes ou transformar o projeto numa minissérie.

Agora, uma partilha no Instagram mostra uma compilação de fotos com Madonna de volta à máquina de escrever e muitos papéis à sua volta.

"Preciso de muitas braceletes para fazer isto... OKAY (História da minha vida)", escreveu

Uma das imagens revela a primeira página do que parece ser um argumento e o potencial título, "Who’s That Girl", que remete para a sua canção de 1987 e o filme, que se chamou "Quem é Aquela Garota?" em Portugal.

Outra imagem do argumento mostra a frase "reescritas por Madonna e ECW" (tradução literal), o que parece ser uma referência Erin Cressida Wilson, que ganhou um Independent Spirit Award com "The Girl on the Train" e se envolveu no projeto após a saída de Diablo Cody, que venceu um Óscar com "Juno".

Não se sabe se o estúdio Universal Pictures ainda está envolvido no projeto.

Em julho de 2022, Madonna admitia que estava "bloqueada" no argumento, que tinha uma dimensão incompatível com um filme de duração razoável.

"Tenho um argumento muito longo que é muito difícil para mim encurtar. Ando a mexer nele, mas é como cortar os meus membros", explicou à revista Variety.

A própria artista explicou em termos muito claros a importância do projeto e a elevada fasquia em que se coloca: "Tive uma vida extraordinária, devo fazer um filme extraordinário. Também foi um ataque preventivo porque muitas pessoas estavam a tentar fazer filmes sobre mim. Principalmente homens misóginos. Portanto, coloquei o meu pé na porta e disse 'Ninguém vai contar a minha história, só eu'".

Aquando do anúncio oficial do projeto em 2020, Madonna partilhou que "quero transmitir a incrível jornada em que a vida me levou como artista, como cantora, como dançarina, como um ser humano a tentar encontrar o seu lugar neste mundo. O foco deste filme será sempre a música. A música faz-me continuar e a arte mantém-me viva. Existem tantas histórias inspiradoras por contar e quem melhor para contá-las do que eu mesma".

"É fundamental partilhar a montanha-russa da minha vida com a minha visão e a minha voz", destacava.