Bruce Dern vai substituir o seu amigo Burt Reynolds em "Once Upon a Time In Hollywood" [Era uma Vez em Hollywood, em tradução literal], o próximo filme de Quentin Tarantino, avançou em exclusivo o Deadline.

Também com 82 anos, o ator foi uma das revelações mais importantes da "nova Hollywood" que surgiu no final dos anos 1960.

A sua carreira ganhou nova projeção com "Nebraska" (2013), que lhe valeu a nomeação para os Óscares, e já tinha trabalhado com Tarantino em "Django Libertado" (2012) e "Os Oito Odiados" (2015). Com Reynolds a relação ainda era mais antiga e passou por vários projetos desde que se encontraram pela primeira vez num episódio de uma série de TV em 1965.

Nebraska

O novo casting implicou alguma "ginástica": Dern estava a fazer "Remember Me" em Espanha, mas os produtores desse filme reorganizaram a agenda para que ele conseguisse deixar a produção e ir para Los Angeles.

O filme de Tarantino atualmente em rodagem vai cruzar várias histórias à maneira de "Pulp Fiction" (1994) na cidade de Los Angeles no verão de 1969, quando Charles Manson e os seus seguidores fizeram uma vaga de assassinatos de que a vítima mais famosa foi a atriz Sharon Tate, que estava grávida do realizador Roman Polanski.

Burt Reynolds tinha sido confirmado em maio para o importante papel de George Spahn, o proprietário de um rancho que Charles Manson convenceu a deixar o seu grupo instalar-se nos meses antes das mortes e que foi usado para a rodagem de muitos "westerns" na era de ouro de Hollywood. Em troca, o guru forçou as suas seguidoras a dormir com o homem de 80 anos e quase cego, bem como a serem as seus guias.

A sua morte aos 82 anos a 6 de setembro ocorreu antes de filmar as suas cenas e agora Bruce Dern junta-se ao gigantesco elenco formado por Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Al Pacino, Kurt Russell, Dakota Fanning, James Mardsen, Michael Madsen, Tim Roth, Timothy Olyphant, Damian Lewis, Lena Dunham, Emile Hirsch, Luke Perry, Scoot McNairy e James Remar.

"Once Upon a Time in Hollywood" estreia a 26 de julho de 2019, duas semanas antes dos 50 anos da morte da Sharon Tate.