Ela regressa ao género onde foi uma rainha. Ele tem menos experiência, tirando o estatuto de quebra-corações que conquistou há quase 30 anos quando se tornou uma estrela com a série "Serviço de Urgência".

Mas finalmente aconteceu: Julia Roberts e George Clooney juntaram-se para  sua primeira comédia romântica, "Bilhete Para o Paraíso", depois de terem andado pelos assaltos cheios de 'glamour' de "Ocean's Eleven - Façam as Vossas Apostas" (2001), "Ocean's Twelve" (2004) e dos dramas de "Money Monster" (2016).

A estreia é a 15 de setembro em Portugal, cinco semanas antes dos EUA, e os dois vencedores de Óscares são um casal divorciado que se alia numa missão e parte para o Bali para impedir que a sua filha, cega de paixão, cometa o mesmo erro que eles há 25 anos, casando-se com alguém que conheceu há pouco tempo.

Numa entrevista ao jornal The New York Times, os dois atores brincaram com a expectativa que rodeia o reencontro, dada a química da relação nos filmes anteriores e a vasta experiência: Clooney garantiu que só à 80.ª tentativa é que conseguiram filmar a sua única cena de beijo e foram precisos "tipo, seis meses", enquanto a parceira esclareceu que "foram 79 tomadas [takes] de nós a rir e depois uma de nós a beijar-nos".

O ator confirmou que os seus papéis  foram "claramente escritos" para os dois pelo realizador Ol Parker (o mesmo de "Mamma Mia! Here We Go Again"), ao ponto das personagens se chamarem Georgia e Julian.

E após a incerteza inicial, houve um fator decisivo para dar o 'sim' ao projeto: "Não tinha realmente feito uma comédia romântica desde "Um Dia em Grande" [1996, ao lado de Michelle Pfeiffer] — não tive o sucesso que a Julia teve nesse fórum — mas li e pensei, 'Bem, se a Jules está interessada, acho que isto pode ser divertido".

Já Julia Roberts garantiu que o filme 'de alguma forma só fazia sentido com' ela e Clooney por causa da tal "química".

"Temos uma amizade que as pessoas conhecem, e vamos entrar nela como um casal divorciado. Metade da América provavelmente pensa que estamos divorciados, portanto temos isso a nosso favor", resumiu com humor.

A atriz também recordou a experiência a trabalhar na Ilha Hamilton, na Austrália, durante a pandemia e sem a família por perto, perto de onde estavam alojados George Clooney, a sua esposa Amal e os filhos.

"Os Clooneys salvaram-me da completa solidão e desespero. Estávamos numa bolha e é o maior tempo que já estive longe da minha família. Acho que não passei tanto tempo sozinha desde os 25 anos", reconheceu.

E a receita para sobreviver à quarentena obrigatória? Álcool para ele, biscoitos de chocolate para ela.

TRAILER "BILHETE PARA O PARAÍSO".