O protagonista de adaptações para o cinema da BD como "Deadpool" e "Lanterna Verde" fez manchetes no ano passado quando comprou a equipa de futebol do País de Gales Wrexham, em conjunto com o ator Rob McElhenney.

A aquisição e as tentativas de revitalizar a equipa inspiraram a bem-sucedida série "Bem-vindos ao Wrexham", uma aposta que vai ao encontro da tendência dos documentários sobre desporto. No Brasil, a série documental estreia-se a 7 de dezembro na plataforma de streaming Star+.

O desporto "é contar histórias em tempo real. Adoro aplicar isso ao Wrexham", disse Reynolds na quinta-feira, durante uma festa de gala no exclusivo bairro de Beverly Hills, em Los Angeles.

"Apaixonei-me não apenas pelo Wrexham, mas também pelas pessoas do País de Gales. Sabia que criaria raízes na cidade, mas não sabia que seria algo tão profundo e tão rápido", explicou.

Embora "Bem-vindos ao Wrexham" tenha uma abordagem invulgar - as suas estrelas e produtores compraram o clube apesar de admitir que não sabiam quase nada sobre futebol -, os documentários desportivo em geral cresceram em popularidade nos últimos tempos.

A Netflix conquistou sucessos com as séries de basquetbol  "Arremesso Final" e "F1: Conduzir Para Viver", enquanto a popular saga "Tudo ou Nada", da Amazon Prime, oferece aos fãs um olhar sobre o que acontece dentro das equipas de elite do futebol e do futebol americano.

Na semana passada, o ator declarou durante uma entrevista no programa "The Tonight Show Starring Jimmy Fallon" que está interessado em comprar uma equipa muito maior: o Ottawa Senators, da Liga Nacional de Hockey (NHL).

Quando questionado sobre essa oferta na gala de quinta-feira, Reynolds limitou-se a declarar: "Veremos".

"Super-heróis e terror"

Reynolds recebeu o prémio da American Cinematheque, concedido a apenas uma estrela no evento anual. Os homenageados anteriores incluem Al Pacino, Tom Cruise e Steven Spielberg.

O ator, que também tem negócios significativos, incluindo participações numa marca de gin e numa empresa de telecomunicações, está a trabalhar em "Deadpool 3", outro filme da sua bem-sucedida série de filmes sobre um super-herói desbocado.

"Acredito que o que tornou ''Deadpool' especial, e a razão pela qual adorei, é que subverte o género", explicou.

“Quando podemos subverter um género como esse, particularmente um que é tão robusto quanto o género de super-heróis, aproveitamos a oportunidade”, disse.

Entre os convidados estava o realizador Ron Howard ("Uma Mente Brilhante"), que disse que Reynolds "está a provar ser um grande narrador e produtor, além de uma estrela de cinema".

McElhenney, o seu sócio no Wrexham, observou que Reynolds é "incrivelmente empreendedor" e "simplesmente olha o mundo e os negócios, e nosso negócio em particular, de uma maneira completamente diferente".

Jason Blum, produtor por detrás de sucessos de filmes de terror como "Corre!" e "Atividade Paranormal", também foi homenageado com o prémio Power of Cinema.

Assim como os filmes de super-heróis, o género de terror continua a prosperar, atraindo grandes audiências para os cinemas na era do streaming.

"Super-heróis e terror. Dominamos os cinemas!", brincou Blum sobre o seu colega homenageado.