Glenn Close não percebe como é possível comparar interpretações na corrida aos prémios e qual a lógica para Gwyneth Paltrow ganhar o Óscar por "A Paixão de Shakespeare" em 1998 em vez de Fernanda Montenegro por "Central do Brasil".

A atriz pode voltar a entrar na corrida aos Óscares com o novo filme para a Netflix chamado "Lamento de uma América em Ruínas", mas com sete nomeações sem nunca ter ganho a estatueta, reconhece que adoptou uma posição "filosófica" sobre o tema.

Após ter sido nomeada logo com o primeiro filme, "O Estranho Mundo de Garp" (1982), os outros filmes que a colocaram na corrida foram "Os Amigos de Alex" (1983), "Um Homem Fora de Série" (1984), "Atracção Fatal" (1987), "Ligações Perigosas" (1988), "Albert Nobbs" (2011) e "A Mulher" (2017).

"Honestamente, sinto que não há nada melhor do que ser nomeada pelos nossos pares [colegas]. E depois, nunca percebi como é que honestamente se podem comparar interpretações", explicou ao crítico de cinema Peter Travers no programa "Popcorn" quando voltou a surgir o tema dos Óscares.

"Lembro-me do ano em que a Gwyneth Paltrow ganhou em vez desta incrível atriz que estava no 'Central do Brasil' e pensei 'O quê?'. Não fez sentido, não faz sentido", explicou.

"Portanto, acho que quem ganha tem muito a ver com a forma como as coisas funcionam, do género se [o filme] tem tração ou qualquer coisa do género. Publicidade, quanto dinheiro é que os estúdios tiveram para dar visibilidade ao filme. Se ficasse chateada com isso [nunca ter ganho], tenho que ser filosófica", acrescentou.

"Estou muito orgulhosa das vezes que os meus pares sentiram que a minha interpretação merecia atenção", concluiu.

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