O filme “Não fales do mal”, do britânico James Watkins, abre hoje, em antestreia nacional, o MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que chega à 18.ª edição.

Protagonizado por James McAvoy, Mackenzie Davis e Scoot McNairy, “Não fales do mal” é um ‘remake’ de terror de um premiado filme dinamarquês, que já tinha sido exibido no MOTELX em 2022.

A programação do 18.º MOTELX conta com uma dose reforçada de curtas-metragens portuguesas, filmes banidos pelo Estado Novo e “uma série de filmes muito esperados pelos fãs do género, mas também de todos os cinéfilos”, como contou à Lusa, um dos diretores do festival, Pedro Souto.

O responsável destacou ainda “MaXXXine”, de Ti West, que marca o fim da trilogia “X”, e a segunda longa-metragem de Tilman Singer, “Cuckoo”, que conta com Hunter Schafer, da série “Euphoria”, no papel principal.

“Inclui-se também neste leque dos mais esperados, dos mais talvez até intensos e assustadores, ‘Oddity’ de Damian Mc Carthy, ‘In a violent nature’, de Chris Nash, e ‘The Substance’, de Coralie Fargeat, que traz Demi Moore num dos grandes papéis da sua carreira”, num filme que venceu o prémio de melhor argumento em Cannes.

Este ano, oito filmes disputam o Prémio Méliès de Melhor Curta Europeia e há dez filmes a competirem pelo Prémio MOTELX - Melhor Curta de Terror Portuguesa 2024.

O MOTELX também vai acolher – depois da estreia no festival de Locarno - o filme “Cartas Telepáticas”, de Edgar Pêra, que relaciona as obras literárias de H.P. Lovecraft e Fernando Pessoa, com a produção de imagem a recorrer à Inteligência Artificial.

Na secção Quarto Perdido, o festival apresenta “A Culpa” (1980), um filme do maestro e compositor António Victorino D’Almeida e que é “um dos primeiros exemplos de ficção, depois do 25 de Abril, sobre a guerra colonial”.

Alinhado com as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, o festival propõe ainda o ciclo “A Bem da Nação - Filmes de Terror Proibidos pelo Estado Novo”, com quatro obras censuradas.