Spike Lee é o homenageado no cartaz oficial da 74.ª edição do Festival de Cannes, revelado esta quinta-feira pela organização.

O realizador norte-americano também é o presidente do júri, ainda por anunciar, que decidirá a Palma de Ouro e os outros premiados da secção competitiva, após ter sido inicialmente convidado para a edição do ano passado, cancelada por causa da pandemia.

O Festival, ao elogiar o seu "olhar curioso", "afetuoso" e "malicioso", decidiu mostrar o cineasta como a personagem que interpretou na sua primeira longa-metragem, "Os Bons Amantes" (1986), que foi apresentado na Quinzena dos Realizadores de Cannes e ganhou o Prémio Juventude, na categoria de Filme Estrangeiro.

Nesse cartaz, Spike Lee, como Mars Blackmon (um dos três amantes de Nola Darling), está cercado por duas palmeiras, o que remete para a cidade de Cannes e a sua famosa Croisette, ainda que o filme tenha sido rodado na sua cidade, Nova Iorque.

"A impaciência para nos reencontrarmos com o cenário de Cannes é imensa: a beira do mar, as palmeiras, o ecrã negro que abrigará os filmes da Seleção oficial numa página branca", escreveram os organizadores em comunicado.

A 74.ª edição do Festival de Cannes, que decorre entre 6 e 17 de julho, terá a concurso na competição oficial 24 filmes, incluindo obras de realizadores como o italiano Nanni Moretti, o russo Kirill Serebrennikov e o francês Jacques Audiard.

O festival terá uma nova secção intitulada “Cannes Premières”, que contará com novas obras de cineastas já consagrados, mas que não constam na competição.

Outra das novidades deste ano é a criação de uma secção efémera dedicada às questões ambientais.

No total, a seleção oficial da 74.ª edição do festival conta com 61 filmes.

A atriz norte-americana Jodie Foster vai receber um prémio de carreira.

Este ano, o festival, assim como os programas paralelos Quinzena de Realizadores e Semana da Crítica, foram reprogramados para julho, por causa da pandemia.

Na presença portuguesa, destaca-se “Noite Turva”, o filme de estreia de Diogo Salgado, que vai competir pela Palma de Ouro de Melhor Curta-Metragem.

A obra de ficção com 14 minutos do cineasta nascido em Coimbra, em 1994, que estudou Cinema na Escola Superior de Teatro em Cinema e Cinema e Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa, “narra a tarde de dois rapazes que brincam na floresta junto a uma lagoa”.

“Diários de Otsoga”, de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores, fazendo a estreia mundial em Cannes.

O filme foi rodado em 2020 já em plena pandemia, com os atores Crista Alfaiate, Carloto Cotta e João Nunes Monteiro.

O argumento é assinado por Mariana Ricardo e também por Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, que coassinam pela primeira vez uma produção.

A 53.ª Quinzena dos Realizadores, um programa paralelo e não competitivo do Festival de Cannes, decorrerá de 7 a 17 de julho.

De acordo com a produtora O Som e a Fúria, o filme terá estreia comercial nos cinemas franceses a 14 de julho, enquanto a estreia portuguesa está marcada para 19 de agosto.

Entre as curtas-metragens selecionadas para a Quinzena de Realizadores conta-se ainda “Sycorax”, do espanhol Lois Patiño e do argentino Matías Piñeiro, a partir de uma obra de Shakespeare.

O filme foi rodado nos Açores, resultado de uma residência artística, com coprodução portuguesa da Bando À Parte, de Rodrigo Areias.

Na programação da Quinzena de Realizadores estará também o filme “Medusa”, da realizadora brasileira Anita Rocha da Silveira, e será ainda atribuído o prémio de carreira ao realizador norte-americano Frederick Wiseman, de 91 anos.

O filme de abertura será “Between two worlds”, de Emmanuel Carrère, com Juliette Binoche.

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