Em época de crise,
Mário Dorminsky, um dos directores do Fantasporto - 31º Festival Internacional de Cinema do Porto, considera que as pessoas «não vão sentir a diferença» no resultado final. Muito pelo contrário, «vamos ter um Fantas renovado e com uma imagem muito forte», declarou Dorminsky em conferência de imprensa nesta terça-feira.

Como já era conhecido, o cinema fantástico regressa em força nesta edição do festival, que abre oficialmente no dia 25 de Fevereiro com
«The Resident», protagonizado por
Hilary Swank. No dia 6 de Março, o Fantas encerra com a exibição de
«Season of the Witch», com
Nicolas Cage e
Christopher Lee.

Antes, a partir da próxima segunda-feira, o Fantas começa a aquecer no Rivoli com a antestreia nacional do filme
«127 Horas», de
Danny Boyle.

Entre as novidades apresentadas pela organização, está uma sessão de cinema interactivo.
«Suferrosa», realizado pelo polaco
Dawid Marcinkowski, dá a oportunidade aos espectadores de escolherem o enredo de um filme que vão estar a visionar. Cabe depois ao realizador fazer a montagem em tempo real. Para ver no dia 28 e 1 de Março as 21h.

As artes plásticas vão estar em destaque durante o Fantasporto.
Júlio Resende e
José Rodrigues vão ser alguns dos artistas presentes. Em parceria com Universidade do Porto e a Universidade Católica, o festival apresenta 17 filmes que documentam o estado das artes plásticas em Portugal.

Quem quiser ficar a conhecer curtas-metragens europeias que marcaram a última década, pode o fazer de 21 a 4 de Março em sessões que vão das 9h as 17h. A entrada é livre mediante os lugares disponíveis na sala.

Turismo de Portugal nega apoio de 100 mil euros

A directora do Fantasporto,
Beatriz Pacheco Pereira, criticou o Turismo de Portugal por se negar a atribuir o apoio de 100 mil euros ao festival aprovado em Março de 2010 pela Assembleia da República.

«Do Turismo de Portugal, recebemos a informação de que vamos receber 55 mil euros, mais cinco mil do que em 2010, e que não vamos receber mais nada», afirmou Beatriz Pacheco Pereira.

A directora do Fantasporto afirmou que, aparentemente, o Turismo de Portugal terá «substituído os 100 mil euros por cinco mil», justificando que o que consta no diploma publicado no Diário da República é 100 mil euros como «verba máxima» e não valor exacto.

O orçamento do festival para 2011 é de 600 mil euros.

Alice Barcellos com Lusa