No Festival de Cinema Cannes,
Paulo Branco é uma figura que todos parecem conhecer. O incontornável produtor português veio ao certame pela primeira vez em 1975 e a partir dos anos 80 tornou-se presença assídua naquele que é considerado o maior mercado cinematográfico do mundo.

Enquanto produtor, distribuidor e agora responsável por um festival de cinema (o Estoril Film Festival), Branco considera o evento o maior entre os maiores, colocando o American Film Market, em Santa Mónica, e o Festival de Veneza respectivamente, na segunda e terceira posições.

Este ano, os efeitos do imenso sucesso internacional de
«Mistérios de Lisboa» são visíveis, com a emissão televisiva e o lançamento do DVD a merecerem referências nos mais prestigiados periódicos e o próprio Paulo Branco a dar uma entrevista de 10 páginas à «Cahiers du Cinèma», sobre o actual estado do cinema francês.

Mais que um produtor português com alguma implementação no cinema internacional, Paulo Branco é visto como uma força viva do próprio cinema francês, com um currículo em que constam nomes como
Raul Ruiz,
Alain Tanner,
Christophe Honoré,
Olivier Assayas ou
Sharunas Bartas.
«Cosmopolis», de
David Cronenberg, é a produção que está actualmente a ultimar.

Inês Gens Mendes e Luís Salvado, em Cannes