A 21.ª edição do festival de cinema DocLisboa termina este domingo, mas a organização anunciou no sábado os filmes premiados, com destaque para “As Melusinas à Margem do Rio”, da realizadora lusodescendente Melanie Pereira, que arrecadou três prémios.

Segundo a organização, a obra venceu o prémio de melhor filme português em competição, o prémio Fernando Lopes para “Melhor Primeiro Filme Português” e ainda o Prémio Júri Escolas.

“Em busca do que é ser emigrante e da sua identidade, a realizadora, com grande sensibilidade e verdade, combina diferentes métodos e materiais para diluir as fronteiras entre a ficção e o documentário, criando uma linguagem cinematográfica única”, afirmou o júri do Prémio Fernando Lopes.

No filme, cinco mulheres nascidas de famílias emigradas no Luxemburgo, incluindo a realizadora, “refletem sobre países, identidades, fragmentos e sereias”, refere a sinopse.

No DocLisboa, o prémio do público foi atribuído ao documentário “Verdade ou Consequência?”, realizado pela atriz Sofia Marques sobre o encenador e ator Luís Miguel Cintra, com quem trabalhou em várias produções, em particular no Teatro da Cornucópia.

Entre os mais de dez prémios e menções honrosas atribuídas hoje pelo DocLisboa, destaque ainda para “La tierra los altares”, da realizadora mexicana Sofía Peypoch, eleito melhor filme da competição internacional e reconhecido com o prémio Revelação.

“At Night, the Red Sky”, do realizador iraniano Ali Razi, que teve estreia mundial no DocLisboa e que tem como subtexto o atual momento político e social no Irão, depois da morte da jovem curda Mahsa Amini e do movimento de protesto “Mulher Vida Liberdade”, recebeu o prémio de Melhor Curta-Metragem.

O Prémio Direitos e Liberdades do festival foi para “An Owl, a Garden and the Writer”, de Sara Dolatabadi, filme sobre o pai da realizadora, Mahmoud Dowlatabadi, “um dos mais prolíficos romancistas iranianos contemporâneos”.

A 21.ª edição do DocLisboa encerra este domingo com “Baan”, a primeira longa-metragem de ficção de Leonor Teles.